A recuperação da economia internacional ajudará o País a crescer mais no próximo ano e atingir 3% de avanço do Produto Interno Bruto (PIB), como consta no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2015, enviado pelo governo ao Legislativo.
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A afirmação foi feita na terça-feira (29), pela ministra do Planejamento, Miriam Belchior, durante audiência pública na Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional. De acordo cm Belchior, 2015 será o ano da retomada do crescimento da economia mundial e, por consequência, da economia brasileira.
Segundo a ministra, a meta do governo para o PIB é realista, dada a conjuntura da economia mundial e o desempenho do mercado doméstico. O PIB representa a soma de todas as riquezas – bens e serviços – produzidos no País.
“O fim da crise internacional vai permitir que o Brasil cresça mais. Esse crescimento se dará a partir de dois elementos chave: o mercado interno e os investimentos em infraestrutura”, disse a ministra. Para justificar o otimismo em relação à economia global, Miriam Belchior citou projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI), que prevêem crescimento de 3,6% do PIB mundial neste ano, 3,9% em 2015 e 4% em 2016.
Ela destacou ainda que o baixo desemprego, o aumento da renda do trabalhador brasileiro e os investimentos relacionados à concessão de rodovias, portos, ferrovias e aeroportos tornam possível o crescimento de 3% em 2015. A audiência pública é realizada tradicionalmente, todos os anos, com o titular do Planejamento, que apresenta o projeto da LDO aos parlamentares.
Miriam Belchior assegurou que o Brasil tem condições de enfrentar a retirada de estímulos à economia norte-americana e a estabilidade nos preços dascommodities (bens primários com cotação internacional), provocada pelo menor ritmo de crescimento da China. “Nossas reservas internacionais vão dar solidez à economia, o que permite lidar de maneira mais efetiva com as ondas de crise internacional\”, disse.
Para o próximo ano, a LDO estima crescimento de 3% do PIB, inflação oficial de 5% pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), salário mínimo de R$ 779,79 e meta de superávit primário – economia para pagar os juros da dívida pública – de 2,5% do PIB (R$ 143 bilhões).
Em relação ao esforço fiscal (meta de seuperávit), a ministra respondeu que a meta é maior que o superávit primário do ano passado (1,9% do PIB) por causa da recuperação da economia, que impulsiona as receitas; do controle de gastos, por parte do governo; e da retirada de parte das desonerações e dos subsídios concedidos em anos anteriores.