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Brasília terá avanços importantes na mobilidade nos próximos dois anos. Obras para expandir e modernizar o metrô e a introdução do veículo leve sobre trilhos em pontos estratégicos da capital são exemplos de benefícios que estão por vir. Parte deles já tem cronograma para sair do papel, alguns com processo licitatório a ser iniciado em agosto.
Serão 14 licitações para construir cinco estações e modernizar o sistema, com melhorias na rede de energia, na telecomunicação e na sinalização dos circuitos, entre outras (veja arte). A série de aquisições representará um investimento de aproximadamente R$ 795 milhões. A maior parte, R$ 629 milhões, é do governo federal, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento. O Distrito Federal precisará entrar com pouco mais de R$ 160 milhões — R$ 126 milhões de contrapartida dos recursos da União e R$ 40 milhões da concorrência para contratar uma empresa de assistência técnica durante toda a execução das melhorias.
A primeira compra pública, na modalidade pregão, servirá para adquirir cerca de 200 novos rádios para a Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF), com valor em torno de R$ 14 milhões. Equipamentos com tecnologia digital, mais moderna, substituirão modelos já obsoletos. \”Os rádios atuais têm áreas de sombra, onde não é possível se comunicar, como próximo a esses prédios altos em Águas Claras\”, explica a diretora-técnica da companhia, Daniela Diniz Rodrigues. Segundo ela, os aparelhos devem entrar em uso no segundo semestre de 2016.
Cinco novas estações
Para a construção de novas estações de metrô, haverá, a princípio, três licitações. A primeira, prevista para setembro deste ano, será destinada a duas em Samambaia. As demais, para duas em Ceilândia e uma na Asa Norte, deverão sair até 2016. Samambaia foi priorizada devido à complexidade das outras. \”Pelo fato de a primeira obra ser menos complexa, conseguimos controlar melhor possíveis riscos e, assim, nos preparar para as demais. É uma questão importante estrategicamente\”, resume a diretora-técnica. O trecho naquela região, com investimento aproximado de R$ 127 milhões, envolve também obras necessárias para a expansão do metrô, como viadutos. As duas novas plataformas ficarão nas Quadras 111 e 117. Processo semelhante ocorrerá em Ceilândia, nas EQNOs 1/3 e 9/11 e EQNOs 5/7 e 13/15. Com o acréscimo, a região administrativa mais populosa de Brasília passará a contar com sete estações.
A futura obra da Asa Norte, segundo o diretor-presidente do Metrô-DF, Marcelo Dourado, representará um marco para Brasília. À semelhança do que ocorre em Águas Claras, a estação servirá de ponto de baldeação para quem quiser, por exemplo, sair de Ceilândia e seguir até o ponto final. Ela marcará o início da Linha 2 — com oito estações —, será subterrânea e construída no Setor Comercial Norte, perto do Hospital Regional da Asa Norte (Hran).
Para dar suporte às novas construções, serão feitos quatro pregões: para a compra de trilhos, de dormentes — peças colocadas transversalmente à via férrea —, de elevadores e de escadas rolantes. A ideia de fazê-los separadamente é gastar menos com a obra. \”Dessa forma evitamos que a empresa de construção civil subcontrate outra, o que aumentaria o custo\”, detalha Daniela. A linha que hoje tem 42,38 quilômetros ganhará, com a expansão, mais 6,5.
As cinco novas estações de metrô fazem parte do plano de obras anunciado pelo governador Rodrigo Rollemberg na quinta-feira (16).
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Veículo leve sobre trilhos
Entre setembro e outubro deste ano, o governo lançará ainda licitações para o estudo de projetos de implantação do veículo leve sobre trilhos (VLT) em duas áreas de Brasília: um para sair da rodoferroviária e seguir até o fim da Esplanada e outro, do terminal de ônibus da Asa Sul ao da Asa Norte. Segundo Dourado, a companhia também pretende contratar outra análise para um terceiro VLT, no Sol Nascente, que integre a Avenida Hélio Prates com a Praça do Relógio.
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