Resultado da fusão do DEM com o PSL, o União Brasil teve sua criação aprovada na terça-feira (8) pelo Tribunal Superior Eleitoral. Embora tenha se tornado o partido mais rico do País – só do Fundo Eleitoral deverá receber cerca de R$ 800 milhões este ano –, o UB não é exatamente um reduto de harmonia. Longe disso.
O DF é um dos diretórios onde ainda não está definido quem será o presidente. Estão no páreo o advogado Manoel Arruda e o ex-deputado federal Alberto Fraga, respectivamente ex-presidentes do PSL e DEM locais. Corre por fora o deputado Luís Miranda (DEM).
Manoel Arruda conta com o apoio de bolsonaristas como Antônio Rueda e o ministro da Justiça, Anderson Torres. Fraga tem a simpatia do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, e do governador de Goiás, Ronaldo Caiado.
Arruda sai na frente
Arruda saiu na frente. Tão logo o TSE oficializou a criação do UB, correu para organizar um jantar em sua casa, no Lago Sul, na quarta-feira (9). Entre várias presenças ilustres, o destaque foram as ausências de Fraga e Miranda. Em seu discurso, Arruda clamou pela filiação da deputada Bia Kicis ao União.
“União Brasil é um partido que nasce grande, gigante. Mas ele precisa de pessoas para poder tocar esse projeto. Então, se eu puder aqui, deputada [Bia Kicis], independentemente, gostaria muito que a deputada ficasse no União”, afirmou.
No momento em que a festa rolava, Fraga publicou em suas redes sociais uma foto em frente à logomarca do extinto DEM. Sem deixar claro se vai ou fica, o ex-deputado deu a entender que permanecerá, apesar das ameaças de sair, caso não seja o mandachuva do diretório distrital.
“Agora, somos 44, o União Brasil”, diz o post. Fraga também deixou outra mensagem nas entrelinhas: “Espero encontrar no UB a família que existe (sic) no extinto e saudoso Democratas”.
A expectativa é que o nome do presidente do União no DF seja definido até terça-feira (15). Enquanto isso, segue a queda de braço que envolve as lideranças locais e nacionais.
Reguffe e Paula Belmonte no radar
O sonho do União Brasil para o DF é conseguir reunir Reguffe (Podemos) e Paula Belmonte (Cidadania) para disputa ao Buriti e ao Senado, respectivamente. O partido garante aos dois uma grande estrutura para a disputa eleitoral (leia-se, fundo partidário e tempo de TV).