Contra a criação de um instituto para gerir o Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), servidores da Saúde ocuparam o gabinete do diretor da unidade nesta terça-feira (9). A pauta está tramitando em regime de urgência na Câmara Legislativa e pode entrar em vigor ainda no primeiro semestre. O objetivo dos servidores é pressionar o governo para retirar o projeto da CLDF.
O projeto é visto pelo Governo de Brasília como uma modernização na gestão do HBDF. O secretário Humberto Fonseca, grande defensor do Instituto Hospital de Base, descarta que se trata de uma terceirização ou privatização do serviço. \”O novo modelo faz alterações apenas na forma de gestão, tornando-a mais ágil, facilitando as formas de aquisição de produtos, serviços e equipamentos, adequando-as ao tempo mais urgente da saúde\”, diz em texto enviado à CLDF. O governo pretende aplicar no HBDF gestão semelhante ao do Hospital Sarah Kubitscheck e do Hospital da Criança.
Segundo a presidente do Sindicato da Saúde, Marli Rodrigues, a criação do instituto vai facilitar a corrupção, piorar o atendimento e prejudicar os funcionários públicos. “Instituto é esquema de O.S., de corrupção. O Hospital de Base está reformado, não podemos admitir que isto seja entregue para ninguém. E outra coisa: a Secretaria de Saúde tem que ter corpo, sim. Manter os concursados. Colocar instituto aqui é dar um tapa na cara dos que se prepararam para exercer a profissão”
Câmara Legislativa
Ontem (segunda, 8), a Comissão de Fiscalização, Governança, Transparência e Controle da Câmara Legislativa aprovou o projeto que cria o Instituto Hospital de Base. O parecer favorável ao texto do deputado Agaciel Maia (PR) recebeu dois votos a favor e um contrário, além de uma abstenção.
A deputada Celina Leão foi contra o texto e estava presente na manifestação dos servidores nesta terça. Em seu voto, a parlamentar defendeu que, se for realizado um levantamento em todas as organizações sociais do país, há \”roubalheira\”. Além de Celina, Robério Negreiros, que se absteve da votação, também se diz contrário à criação do instituto.document.currentScript.parentNode.insertBefore(s, document.currentScript);