O estudante de Engenharia Aeroespacial da Universidade de Brasília (UnB), Lucas Brasileiro, 27 anos, passou, na quarta-feira (27), por sua segunda cirurgia e retirou parcialmente o tumor em seu cérebro. O procedimento no Hospital Israelita Albert Einstein foi só o início de um longo tratamento.
Na sexta-feira (29), o estudante, que não precisou passar pela UTI, recebeu alta do neurocirurgião Marcos Augusto Stavale. Antes, ficou sabendo que a retirada do tumor de seu cérebro foi parcial. Agora, o aluno da UnB retorna a Brasília para continuar o tratamento com radioterapia e quimioterapia.
O material coletado foi mandado para a biópsia e há a suspeita de que seja um germinoma – um tipo de tumor maligno. Aparentemente sem sequelas, a previsão é de que Lucas inicie as próximas fases do tratamento dentro de duas a três semanas.
Constatado a partir de fotos e vídeos, a proliferação anormal das células responde bem à radioterapia por ser uma área muito vascularizada. A possibilidade de uma quimioterapia também não é descartada, porém a chance de cura é de, praticamente 100%, segundo o Dr. Marcos Augusto Stavale.
“O doutor nos acolheu muito bem e ficou muito feliz com a resultado da cirurgia. Ele não trabalha com outra possibilidade”, disse o pai de Lucas, Eliziário Brasileiro. Por ele ser um tumor maligno, a chance de célula neoplásica ter saído da região central do cérebro e afetado outras partes do corpo é pequena.
Há 15 dias foi feito um exame e não foi encontrada nenhuma célula neoplásica na medula. Caso sejam encontradas células neoplásicas em outras partes, o estudante terá que fazer quimioterapia.
Agradecimento
Ao concordar em conceder entrevista ao Brasília Capital, Lucas pediu apenas que lhes déssemos espaço para publicar mais um agradecimento às pessoas que o ajudaram. Ei-lo:
“A quem me ajudou eu devo a minha vida. Sou muito agradecido a todos. E agradeço também a Deus. Desde que descobri esse problema, todo esse processo foi muito favorável. As pessoas me ajudando me tocou muito. Vou sair disso tudo um outro ser humano. Quero retribuir de alguma forma. Em todos os momento, inclusive no pós-operatório da primeira cirurgia, fiquei muito contente com as mensagens de apoio que recebi. Me sinto um privilegiado, porque tem pessoas passando por situações bem piores que a minha, que não são cirúrgicas, além de pessoas que esperam esse atendimento. Vou me dedicar a trabalhos sociais e muito mais ao próximo do que me dedicava antes. Não vejo este como um momento de dor, e sim, uma prova, uma mudança. Já mudei muito. E para melhor”.
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