Vandalismo. É o que melhor define o que ocorreu com o projeto que oferece bibliotecas comunitárias dentro de geladeiras no Guará II. Ontem, as quadras QE 17 e QE 32, onde estão instaladas as duas \”livrarias\”, amanheceram com as geladeiras quebradas e exemplares espalhados pelo chão. O que era para ser uma história triste, no entanto, resultou na ampliação da iniciativa.
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Isso porque, segundo o fundador do projeto, Lucas Rafael, além da gratificação de ver toda a comunidade mobilizada em ajudar a recuperar o que ficou destruído, ele ainda ganhou uma terceira geladeira para criar outra biblioteca em alguma praça da cidade. Cada eletrodoméstico comporta cerca de 130 livros. \”Foi uma tristeza passageira diante da alegria de poder aumentar o nosso projeto. Além disso, com a contribuição de todos, conseguimos recuperar as duas geladeiras, que tiveram as portas quebradas\”.
Lucas ressalta ainda que não vai denunciar o caso à polícia. De acordo com ele, esse não é o objetivo das bibliotecas comunitárias. \”Não queremos perder tempo procurando o culpado. A nossa intenção é dar continuidade ao projeto. Na verdade, os vândalos que fizeram isso são os que mais necessitam desses livros\”, completa.
O projeto de Lucas foi inspirado em uma feira de livros montada embaixo de um viaduto na Venezuela. De acordo com ele, tudo começou com uma geladeira quebrada e que não tinha uso em casa, mas que, agora, virou estante para os moradores da região.
\”Eu mesmo utilizei o refrigerador para guardar meus livros durante muito tempo. Acredito que qualquer maneira de incentivar a cultura e a educação é válida\”, conta ele, ressaltando que é uma opção a mais para os moradores, além da Biblioteca do Guará.
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