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Projeto Raíssa traz a leitura para deficientes visuais através de áudios
Há quem diga que um texto não precisa ser lido, e sim, sentido. Movido pelo amor à literatura, a letróloga Lis Augusta resolveu dar vida ao sonho de jovens apaixonados por literatura e que não conseguem ler. São pessoas com deficiências visuais, a maioria totalmente cegas, mas que têm um sentimento de puro amor pela leitura no coração. O Projeto Raíssa, idealizado pela letróloga, proporciona que essas pessoas tenham acesso à literatura por meio de áudios.
Poesias, haicais (um estilo de poesia de origem japonesa), microcontos e contos. Tudo que é enviado para o e-mail ou para o facebook, com a hashtag “#ProjetoRaissa” é aproveitado por Lis, que grava os áudios e publica em seu canal do Youtube, intitulado “Letróloga”. Todas as quartas-feiras novos áudios são disponibilizados ao público e, em outros dias, textos de renomados escritores, como Carlos Drummond de Andrade, são colocados a disposição.
O projeto nasceu da paixão de Raíssa, uma criança de 10 anos com deficiência visual, pelos microcontos do poeta Luís Gabriel Sousa, colaborador do Brasília Capital. A professora da jovem lê, diariamente, alguns contos do livro do escritor para seus alunos da educação infantil de um colégio do Valparaíso (GO), a 40 Km de Brasília.
O ponto alto desta relação foi o dia em que, levada pela professora, Raissa foi apresentada a Luís Gabriel. O local não poderia ser mais apropriado: uma biblioteca, no dia do lançamento do livro do escritor. A menina não conteve a emoção. Chorou copiosamente e contagiou a todos.
Apesar do recente sucesso da iniciativa, o projeto ainda não foi estendido a audiolivros. “Já existem vários por aí, e fugiria um pouco do foco do projeto, que é algo mais interativo e instantâneo, seguindo a lógica das publicações no mundo virtual. Mas é algo a se pensar mais para frente. Quem sabe?” disse a idealizadora do projeto.
Mesmo com as dificuldades enfrentadas para que o projeto se mantenha vivo, gravando áudio pelo celular durante a madrugada para evitar ruídos, Lis descarta qualquer protagonismo. “Eu e o Gabriel colocamos em prática, mas o projeto jamais teria sido executado se a Raíssa não demonstrasse interesse pela leitura”, garante Lis.
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Serviço
Para participar da iniciativa, o escritor pode enviar o texto para:
– lisletrologa@gmail.com
Facebook –
Através da página “Letróloga”