Estamos assistindo a uma grande liquidação do patrimônio público nacional. Um autêntico crime de lesa-pátria cometido pelo governo Bolsonaro, sob o comando do banqueiro Paulo Guedes. A bola da vez são os Correios, mas também estão na mira a Conab, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, entre outras.
Neste cenário, uma pergunta se impõe: por que grandes grupos privados querem comprar nossas empresas públicas? E a resposta é óbvia: porque elas são viáveis e lucrativas. Grandes conglomerados não rasgam dinheiro. Ao contrário deste governo, que tem como meta a dilapidação do patrimônio do povo brasileiro.
Na quarta-feira (16), o ministro das Comunicações, Fábio Faria – genro do animador de auditório e dono do SBT, Sílvio Santos –, revelou que quatro empresas já manifestaram interesse em comprar a ECT. São elas: Magazine Magalu, o Amazon, a DHL, a Fedex.
Ora, será que esses grupos investiriam para ter prejuízo? Evidente que não. Querem participar da privatização porque vão pagar um preço irrisório por um patrimônio altamente valorizado para depois explorar serviços que lhes darão grande retorno financeiro. E assim será com as demais estatais postas na prateleira por Guedes como mercadoria de segunda qualidade.
É para combater essa entrega das riquezas construídas com o sangue e o suor de muitas gerações de brasileiros que o movimento sindical se organiza para o enfrentamento à política de privatizações de Bolsonaro e Guedes.
Vamos dizer um rotundo “Não” à Medida Provisória (MP) 995. Vamos montar uma grande Frente Parlamentar em defesa da manutenção do BB e da Caixa como bancos públicos. Vamos reforçar a importância da Conab na regulação dos estoques de alimentos no País e da ECT na logística da distribuição de correspondências e entrega de encomendas a preços acessíveis.
Os trabalhadores brasileiros não se calarão aos desmandos do governo Bolsonaro.
(*) Presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília