José Matos
Muita gente com bastante potencial para de crescer por dar ouvidos a crenças limitantes e achar que já desenvolveu-se o suficiente ou que não merece ir mais longe. Por que não ir mais longe? Por que você acha que não pode? Por que acha que não merece? De onde tirou essa ideia? Vá à luta!
É preciso cumprir seu dharma (propósito), que você mesmo aceitou ou programou-se, desenvolvendo seu potencial. Não acredite que exista um Deus que escolhe e capacita seus eleitos! Deus não é imparcial? Se é imparcial não pode escolher.
É você mesmo quem se escolhe ao se capacitar. Capacite-se e será convocado pela vida. Não existe nenhum Deus escolhendo ninguém. Você capacita-se e é aproveitado! Floresça onde estiver ou para onde for!
Há pessoas que nascem num lugar, mas terão que florescer muito longe dali. Às vezes, é preciso coragem, audácia para encontrar o lugar e as pessoas do seu propósito.
Somos como plantas, e para cada um existe o solo adequado e pessoas adequadas para abrir portas para nós. Pense nas pessoas que você conheceu e que abriram portas para você. Faça o mesmo com os outros. Se você acha que tem vencido sozinho, além de ingrato você é cego, porque sozinho ninguém vence. Nem nasce, quanto mais vencer!
André Luís, médico carioca conhecido por mandar notícias sobre a vida após a morte por meio de Chico Xavier, conta em um dos seus livros o encontro com o velho avô no umbral, onde é informado que ele deixou uma grande herança em dinheiro para que ele se tornasse o médico dos pobres. O próprio Chico Xavier fala do apoio que recebeu de Cidália, a boa madrasta, que o apoiou durante a infância e adolescência.
Racistas, fascistas, nazistas e egoístas de todo tipo, que são contra políticas públicas inclusivas, costumam citar exemplos de filhos de lavadeiras e pedreiros que venceram na vida sem ajuda do Estado, mas não sabem ou ignoram a qualidade desses pais e a ajuda que esses vencedores tiveram.
Se os vencedores se empenharam em feriados e fins de semana, é porque, além dos exemplos dos pais, tiveram pessoas para incentivá-los. É claro que, com a ajuda do Estado, com escolas profissionalizantes, integrais e de qualidade, o que é uma exceção, torna-se comum. E é assim que deve ser.