Da Redação
O Tribunal de Contas da União condenou o coordenador da operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, o ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e o procurador chefe da Procuradoria do Paraná, João Vicente Beraldo Romão, a devolver R$ 2,8 milhões aos cofres públicos por gastos indevidos da gestão administrativa da força-tarefa.
Os gastos foram feitos com passagens aéreas e diárias de viagens que os procuradores lotados em outras localidades recebiam para trabalhar em Curitiba, base da Lava Jato. Procuradores como Carlos Fernando dos Santos Lima, Diogo Castor de Mattos e Orlando Martello, recebiam diárias de cerca de R$ 1 mil/dia para se deslocar, se alimentar e se hospedar na capital paranaense, mesmo morando na cidade.
A condenação, por unanimidade da Segunda Câmara Ordinária do TCU ainda inclui multas individuais de cada procurador no valor de R$ 200 mil. Isto mostra como funcionava a logística da operação que alegava estar combatendo a corrupção no Brasil.
Com a sentença, Dallagnol, pré-candidato a deputado federal pelo Podemos no Paraná, pode se tornar inelegível. E o ex-juiz Sergio Moro, que já tentou ser candidato a presidente da República, tem sido vaiado em suas aparições públicas em Curitiba, para onde tenta levar seu domicílio eleitoral.