Rollemberg (esq.) e Joe Valle. A convivência entre os dois vai ficando apenas protocolar. Foto: Reprodução do YouTube
Após o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) apresentar o balanço de sua gestão, foi a vez de o presidente da Câmara Legislativa, Joe Valle (PDT), mostrar os indicadores do trabalho desempenhado pela Câmara Legislativa em 2017. Os números vieram acompanhados de críticas do pedetista ao governador, chamado de “desorganizado”, “ausente” e “incoerente”. Afirmou também “que está na fila” pela candidatura ao Buriti.
A fila, entretanto, tem outros políticos à frente, como admitiu o próprio presidente da Casa, que citou Jofran Frejat e o próprio Rollemberg na dianteira. O pedetista não deu pistas sobre o posicionamento do partido em 2018, mas, quando perguntado, admitiu que as conversas com o PPS, do senador Cristovam Buarque, continuam.
Joe garantiu que a relação com o Executivo será a mesma de sempre: institucional. Para o melhorar a comunicação dos dois Poderes, o presidente afirmou que o GDF precisa se organizar. “Todo início de semestre cobro as pautas do governo que passarão na Câmara Legislativa. Fiz isso em janeiro deste ano e em agosto. Nunca recebi nada”, disse.
PDT
O movimento de saída do PDT da base do Governo de Brasília começou há 20 meses, segundo Joe Valle, quando a executiva regional entregou um documento estipulando o prazo de 18 meses para cumprir as promessas de governo. “Dos 65 itens propostos na educação, ele cumpriu um”, afirmou. “Não quis sair em novembro de 2015, pois queria dar a chance dele executar. Eu não quis repetir o que ele fez com o governo Agnelo. Ele saiu para concorrer ao Buriti”, completou.
Uma das promessas era tirar os tributos sobre os remédios de alto custo, principal bandeira do senador pedetista José Antonio Reguffe. “Ele falou que não poderia e isso estava no plano de governo que ele construir junto com o PDT. Eu afirmei: ‘Abaixa um, para sinalizar para ele’. Ele não fez”, afirmou.
A entrada de Joe no GDF, ao assumir a supersecretaria de Trabalho, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos foi uma tentativa de mudança na gestão do socialista. “Poderia ter ficado na Câmara Legislativa com um mandato estável. Mas preferi assumir um compromisso com o governo para não falarem que não tentei. Fiz um trabalho de gestor na pasta e tenho números”, disse.
Cortes
Principal assunto da reunião, o presidente da Casa, Joe Valle, apontou uma economia de R$ 1,4 milhão nas despesas, que representa a redução de 9,5%. A despesa que teve maior diminuição foi nos gastos com passagens, que passou de R$ 145,3 mil para R$ 2,5 mil. O valor consumido com apoio administrativo e operacional, entretanto, aumentou de R$ 1,7 milhões para R$ 2 milhões (variação de 16,7%).
Os recursos despendidos com verba indenizatória dos parlamentares abaixou em 16,3%. O gasto saiu de R$ 2,9 milhões para 2,4 milhões. No total, foram 105 sessões ordinárias, 36 sessões extraordinárias, 117 audiências públicas, 147 sessões solenes e 14 comissões gerais. Joe Valle afirmou que espera reduzir 20% dos gastos no próximo ano.
O balanço das gestões de Rollemberg e de Joe Valle foram feitas terça-feira (20)