O PMDB ajudou a aumentar os temores dos investidores em relação ao ajuste fiscal, contribuindo para a forte alta do dólar comercial nessa manhã. Às 12h29, a moeda americana registrava alta de 2,28%, a R$ 2,993 na compra e a R$ 2,995 na venda. Na máxima do pregão, a divisa já chegou a R$ 3, a maior cotação desde os R$ 3,013 do dia 18 de agosto de 2004. Já o Ibovespa, principal índice do mercado acionário local, opera em queda de 1,59%, aos 50.485 pontos.
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Essa alta do dólar comercial acaba por afetar as cotações no turismo, que é o valor que se paga nas casas de câmbio. Na Cotação, que possui agências em diversos estados, o dólar é vendido a R$ 3,15 (papel moeda) e R$ 3,12 (cartão viagem). O preço médio do dólar turismo, compilado pela agência CMA, está em R$ 3,12, alta de 1,29% em relação ao pregão anterior.
O motivo da tensão é que os investidores temem que o governo não consiga aprovar as medidas necessárias para o ajuste fiscal, dificultando a meta do superátiv primário de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB). Além disso, analistas veem uma forte deterioração nas relações entre o governo Dilma e o Congresso Nacional, o que pode causar uma paralisia nos trabalhos legislativos.