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colaboradores, Mundo

Guerras

  • Júlio Miragaya
  • 14/05/2024
  • 09:02

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Foto: Agência Brasil

O mundo assiste hoje a um grande número de guerras. A maioria, guerras civis, localizadas, sobretudo na África e na Ásia, resultantes do colonialismo e da criminosa partilha efetuada pelas potências europeias nesses dois continentes ao longo dos séculos XIX e XX. Daí advieram conflitos com enorme potencial destrutivo, como as pelejas fronteiriças entre Paquistão e Índia e entre esta e a China; a disposição da China em reincorporar a seu território a província rebelde de Taiwan e o conflito na Coreia. Entre as guerras em curso, destaques para as guerras civis na Síria, Líbia e Yemen.

Mas dois conflitos chamam mais a atenção da grande mídia e da opinião pública: a guerra entre Rússia e Ucrânia e o conflito em Gaza. Na guerra Rússia x Ucrânia, sob real risco de descambar para um conflito europeu em larga escala, o fato é que a Rússia dificilmente aceitará ter fronteira com uma Ucrânia integrante da OTAN.

O desfecho mais provável é a formação de um novo país (Nova Rússia) com os oblasts do Leste e Sul da Ucrânia (Luhansk, Donetsk, Zaporizhia, Kherson e Crimeia), ou sua incorporação à Rússia, região que, por sinal, fala majoritariamente o idioma russo, tem uma grande parcela da população de etnia russa e foi território russo desde sua conquista aos turcos no século XVIII, até ser “entregue” aos ucranianos por Lênin (1919) e Kruchev (1954).

Já o conflito Israel x Palestina tem real risco de se propagar para outros países do Oriente Próximo e Médio, região que constitui um barril de pólvora desde a dissolução do Império Otomano, em 1919, e a criminosa intervenção dos imperialismos britânico e francês, seguido da ação do imperialismo norte-americano no pós-guerra.

Guerras fazem parte da sociedade humana desde tempos remotos. Tal qual algumas espécies animais, tribos no período mesolítico lutavam por melhores locais de caça, pesca ou colheita. Com o advento da agricultura e do pastoreio, tribos que se viam privadas de suas fontes de alimentos por problemas climáticos (seca, inundação etc.) ou extinção da caça, recorriam ao saque de tribos vizinhas e o conflito era inevitável.

Com a criação e consolidação das primeiras cidades-estados e a formação dos primeiros reinos, as guerras se tornaram mais complexas, envolvendo a conquista do território alheio, condição de garantia de suprimento de alimentos e outros bens.

O planeta teve, em 2022, o mais volumoso gasto militar da história (US$ 2,24 trilhões), sendo que os países da OTAN e seus parceiros responderam por 65% do total, capitaneado pelos EUA, com US$ 877 bilhões (quase 40%), três vezes superior aos gastos da China (US$ 292 bilhões). Na dianteira, os países que integram o exclusivo clube das potências nucleares, inicialmente restrito a EUA e URSS, e que ganhou a posterior associação da Grã-Bretanha, França e China, e, mais recentemente, da Índia, Paquistão, Israel e Coreia do Norte, com o Irã buscando ser o décimo sócio.

Mas nem sempre países hegemônicos lançam mão das guerras para fazer valer seus interesses. Instrumentos como a coerção e a ameaça são frequentemente usados, além da “sedução” e do “convencimento”, papel desenvolvido pelo chamado soft-power, que abrange a disseminação da propaganda mediante o cinema, TV, música, artes, esportes, internet, idioma, religião etc.,que confira legitimidade aos Estados hegemônicos.

Do mesmo modo, a disputa pela hegemonia (ou a resistência a ela) resultou na criação de uma miríade de alianças econômicas (OCDE, UE, Asean, Nafta, Mercosul), geopolíticas (G-7, Brics, Unasul, OCX – Organização para Cooperação de Shanghai, Liga Árabe, OIC – Organização de Cooperação Islâmica) e militares (OTAN e o extinto Pacto de Varsóvia) ou a criação sob controle de organismos multilaterais (ONU, FMI, Bird, OMC, Tribunal de Haia) na busca da supremacia geopolítica.

Nesta terceira década do século XXI, a maior ameaça à paz é a reação dos EUA, potência dominante, à ascensão econômica e militar chinesa. O resultado deste embate será conhecido nas próximas décadas. O fato é que a China já teve a maior economia do planeta por quase 5 séculos, desde a ascensão da Dinastia Ming (1368) até o início do século XIX, já na Dinastia Qing.

Mas após as derrotas para os britânicos (associados aos franceses, russos, americanos e japoneses) nas Guerras do Ópio (1839/42 e 1856/60), teve início o chamado “Século da Humilhação”, que se estendeu até a Revolução de 1949. Neste período, a China perdeu 28% de seu território (3,78 milhões km²). Tentará retomá-lo? O projeto chinês é se tornar a potência hegemônica até 2049. Quem duvida?

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Júlio Miragaya

Doutor em Desenvolvimento Econômico Sustentável, ex-presidente da Codeplan e do Conselho Federal de Economia

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