Hospitais, bancos, parques e órgãos públicos estão com o funcionamento comprometido devido à greve dos vigilantes, deflagrada na quarta-feira (28). A categoria reivindica reajuste de 7% nos salários e no tíquete de alimentação; manutenção da convenção coletiva. A negociação com os patrões se arrasta desde o início de janeiro, que é a data-base dos vigilantes, porém, nenhum acordo foi firmado.
“Querem nos tirar o que foi conquistado em 25 anos aplicando as novas leis da reforma trabalhista. Querem reduzir pela metade o adicional noturno e a interjornada de 1h para 30 minutos. O tíquete alimentação seria reduzido pela metade também, além da retirada do plano de saúde e seguro de vida. Permaneceremos em greve até que apresentam uma proposta que corresponda com os nossos anseios”, disse Gilmar Rodrigues, diretor de Imprensa e Comunicação do Sindicato dos Vigilantes do Distrito Federal (Sindesv-DF).
GDF
A Secretaria de Educação esclareceu que não foi avisada pelo Sindicato dos Vigilantes sobre a greve na categoria. A Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão informou que a paralisação dos vigilantes ocorreu por dissídio coletivo, ou seja, a falta de acordo entre os trabalhadores – por meio do sindicato da categoria – e as empresas.
“Como os contratos geridos pela Seplag envolvem proteção ao patrimônio público do Distrito Federal, as empresas já foram notificadas para solucionar os problemas para normalizar a prestação dos serviços e garantir a segurança das pessoas e do patrimônio. As unidades também foram orientadas a, se possível, diminuir a entrada de visitantes externos e algumas permanecerem fechadas”, disse em nota.
A Secretaria de Saúde disse que a paralisação dos vigilantes não envolve questões relativas ao contrato celebrado com a pasta. “Diante dessa paralisação, a Saúde notificou as empresas para que garantam o percentual mínimo de 30% dos vigilantes nas unidades e hospitais. Havendo necessidade, o diretores foram orientados a buscar reforço junto à Polícia Militar”, disse em nota.
Por questões de segurança, os hospitais de Ceilândia, Taguatinga, Samambaia, Região Leste (antigo Paranoá), Sobradinho, Planaltina, Asa Norte, Santa Maria e o Instituto Hospital de Base suspenderam as visitas aos pacientes internados. Todos os hospitais restringiram acesso às portarias centrais e o contingente de vigilantes que permanece trabalhando reforça a segurança nesses acessos.