O Kujuba
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Ultrapassada a euforia pela vitória nas eleições para governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg está sentindo o quanto é difícil administrar sem uma base política sólida. Brasília sempre foi uma capitania comanda por diversos grupos políticos ou não. Primeiramente apoiada pelos militares e, com o advento das eleições locais, pelo grupo comandado pelo ex-governador Joaquim Roriz.
Mas o que se vê hoje chega à raia da loucura. O DF é governado basicamente pelos sindicatos de plantão e pelo Ministério Público do Distrito Federal. Nada se faz se não passar pela chibata do MPDFT e pelos sindicatos de todas as classes que não têm comprometimento com a prestação dos serviços essenciais para a população brasiliense.
É estarrecedor ver que, na área da Saúde, do orçamento de aproximadamente R$ 6,3 bilhões, 82% – isso mesmo, oitenta e dois por cento! – são gastos com a folha de pagamento.
Como pode o Distrito Federal investir em equipamentos, reformas de hospitais, melhorar a qualidade da compra dos remédios e prestar um serviço de qualidade se não sobra nada para a execução dessas prioridades?
Rollemberg tem que exercer na plenitude o cargo que lhe foi outorgado pela maioria da população. Sabemos que o governador é um político que prega conciliação, mas é chegada a hora de, se preciso, ir para o confronto. A população do Distrito Federal não lhe negará apoio.