Da Redação
Foto: Renato Alves/Agência Brasília
“Queremos mostrar que
Brasília é muito mais que política e tribunais. Toda grande metrópole tem sua
referência de lazer. A partir de hoje, Brasília também terá”. O discurso é do
diretor-presidente da Arena BSB, Richard Dubois, durante a assinatura do
contrato pelo qual passará a gerir integral e exclusivamente a operação o
Estádio Nacional Mané Garrincha, o Ginásio Nilson Nelson e o Complexo Aquático
Cláudio Coutinho nos próximos 35 anos.
Dubois prevê
potencialização do esporte na capital. O objetivo é trazer para o DF futebol,
basquete, futsal, vôlei, esportes indoor. Além disso, o representante diz
que tem planos de ser grande pólo do Planalto Central para shows e eventos e
potencializar o padrão de acolhimento. “Esperamos trazer 10 milhões a mais de
turistas para Brasília. Temos uma área maravilhosa ociosa e queremos aproveitar
isso”.
Empregos – Na cerimônia realizada na Tribuna de Honra do Estádio, com a presença
do governador Ibaneis Rocha, do vice Paco Britto, secretariado e parlamentares
ficou estabelecido que a Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal
(Terracap) supervisionará a transição da gestão pública para o consórcio nos
próximos 180 dias, chamada de operação assistida.
Para o presidente da
Terracap, Gilberto Occhi, “de tudo o que está sendo feito, das economias que o
governo terá de suas despesas, da geração de receita, talvez o fato mais
importante sejam as novas oportunidades de emprego. Não só nas obras que serão
realizadas, mas os empregos permanentes que serão oferecidos para população do
DF”.
Circuito – A concessão promete inserir Brasília no circuito nacional de
grandes eventos. No Mané Garrincha, a perspectiva é de jogos de futebol de
relevância, assim como shows nacionais e internacionais. O Ginásio Nilson
Nelson deve passar por modernização e adequação das instalações e ser palco de
eventos como partidas de basquete, vôlei, shows e espetáculos com público de 10
a 15 mil pessoas.
O Cláudio Coutinho
manterá o programa de utilização social. Atualmente, o complexo aquático recebe
mais de 3 mil crianças e adolescentes que praticam natação, polo aquático,
salto ornamental, karatê, judô e deep water. A ideia é promover a massificação
do acesso ao esporte e, ainda, sediar campeonatos regionais e nacionais de
desportos aquáticos.
Economia – Pela concessão de 35 anos, o governo terá potencial de
arrecadação superior a R$ 3 bilhões. Isso inclui tributos pagos pelo Arena
BsB e os incidentes sobre a receita da Arena Boulevard. Ao todo, 4 mil empregos
diretos devem ser gerados. A esse montante, soma-se a economia aos cofres
públicos com a dispensa da manutenção do Centro Esportivo, na ordem de R$ 13
milhões por ano.
Durante o período de uso
do complexo, a expectativa é que o Arena BsB invista em reformas pontuais e
revitalização, incluindo paisagismo e adequações no equipamento e na área de
estacionamento, com mais de R$ 700 milhões. Além disso, nos 35 anos, terão sido
repassados R$ 150 milhões em outorga à Terracap, uma vez que o consórcio terá
um prazo de carência de cinco anos para realização das obras, além do repasse
de 5% do faturamento líquido.
O governador Ibaneis
Rocha disse que “é um projeto muito importante para a reconstrução da nossa
capital, para nos colocar no cenário internacional e transformar em um grande hub de
turismo e muito mais está sendo pensado. Quando eu disse que ia mudar Brasília
e transformar em uma referência era verdade. Isso faz parte disso.”,
disse.