Um velho problema de gestão de recursos federais se repete no governo Ibaneis. O DF deixa de receber repasses de verbas de programas da União por não fazer o dever de casa. No governo Rollemberg, Brasília não ampliou a rede de creches, as linhas do metrô, a coleta seletiva e muito mais, por falta de projetos. E agora a história se repete.
Com 330 mil desempregados no DF, as políticas públicas de assistência social vivenciam um colapso devido às reduções orçamentárias. E com a economia local em frangalhos e baixa capacidade de receita pública, o GDF perde R$ 3,672 milhões de verbas federais.
A denúncia é do Sindicato dos Servidores da Assistência Social e Cultural (Sindsasc). No primeiro semestre, o valor, em recursos federais, recebido pelo DF para a assistência social, foi de apenas R$ 753.738,42. No mesmo período de 2018, o montante foi de R$ 4.426.584,09. Ou seja, o DF ficou agora com 17% do total.
Quem paga a conta é o povo mais sofrido. Esses recursos são normalmente usados no custeio de benefícios como cestas básicas emergenciais, auxílios vulnerabilidade, natalidade e excepcional, além da liberação de passagens interestaduais de retorno da população carente que migrou pro DF. A entidade atesta que já há restrição no atendimento pela falta de recursos.
O bloqueio de verbas deste ano se deve ao não uso integral de verbas repassadas no governo passado. Para que uma unidade federativa receba um montante significativo é preciso que ela tenha aplicado os repasses recebidos no ano anterior.
Atualmente, o DF tem recursos em conta que ainda não foram utilizados para a assistência social, o que faz que com que o GDF receba um repasse menor da União. O critério é um mecanismo de medição de eficiência seguido pelo governo federal. Pecou a gestão Rollemberg e persiste no erro a gestão Ibaneis.