Terminou, nesta segunda-feira (27), a greve de médicos residentes da rede pública de saúde do Distrito Federal. Cerca de 900 profissionais exigiam o reajuste garantido pelo Ministério da Educação (MEC) em março deste ano, e estavam paralisados há duas semanas. O GDF encaminhou à Secretaria de Gestão de Pessoas um documento autorizando o pagamento do reajuste a partir deste mês. Os residentes recebiam uma bolsa no valor de R$ 2. 980,00 e cerca de R$ 800,00 em auxílio moradia. Agora, eles passam a receber R$3.330,43 de bolsa e mais 30% do auxílio.
Segundo o presidente da Associação Brasiliense dos Médicos Residentes, Bruno Braga Borges, apesar do documento também indicar a possibilidade do pagamento do retroativo, desde o mês de março, o GDF não indica um prazo para esse acerto, sendo assim, os residentes devem entrar ainda nessa semana com uma ação judicial junto ao Ministério Público contra o executivo local. “Nós vamos esperar até o próximo dia 5, que é o dia do pagamento, se o acordo não for cumprido vamos paralisar 100% do efetivo de todas as áreas. Vai ser uma greve geral”, completa.
Nestes 13 dias de afastamento, apenas 30% do efetivo atendiam nas áreas de pronto- socorro, urgência e UTI. Além dos hospitais de Base, Universitário, e Materno Infantil, também foram afetados pela paralisação os hospitais regionais da Asa Norte, Ceilândia, Taguatinga, Gama, Paranoá, Sobradinho e Planaltina.
Para a residente em pediatria, Ana Carolina Pessoa Simôes o reajuste é um direito para além do estabelecimento do ministério “Acho que o reajuste se justifica, pois nossa carga horária são 60 horas semanais, ou seja, se você fizer a remuneração por hora é muito pouco e como a carga é muito exercida, as vezes até maior que as 60 horas fica, então fica complicado trabalhar por fora”, alega.
Durante a paralisação os residentes se reuniram em protestos e atos em frente ao Palácio do Buriti, Hospital de Base e Secretaria de Planejamento para pressionar a pasta. Até o momento da entrega do documento, para a Secretaria de Saúde não seria possível atender o reajuste pois ele não havia sido previsto na Lei Orçamentária do DF de 2016, acordada no ano anterior