Da Redação
O filho mais novo do presidente Jair Bolsonaro, Jair Renan Bolsonaro deve prestar depoimento à Polícia Federal na tarde desta quinta-feira (7). A investigação apura se houve prática dos crimes de tráfico de influência e lavagem de dinheiro.
O Ministério Público Federal (MPF) pediu abertura do inquérito em março de 2021, a partir de denúncia apresentada por parlamentares da oposição. Em dezembro havia sido marcado o depoimento, mas ele não compareceu, alegando estar com uma virose.
A empresa Bolsonaro Jr Eventos e Mídia, de Jair Renan, foi criada no final de 2020. A cobertura da festa de inauguração do escritório teve fotos e vídeos feitos de graça por uma produtora que prestava serviços para o governo federal.
Nas redes sociais da empresa, à época da abertura das investigações, havia fotos de duas peças de mármore na decoração. A empresa Gramazini, de mineração e construção, foi marcada nessa publicação. Um dos sócios dela compareceu à festa de inauguração.
Mármore e carro elétrico
Um parceiro comercial do filho do presidente, Allan Lucena, que dividia o mesmo escritório, disse que ganhou um carro elétrico da empresa Neon Motors, ligada ao mesmo Gramazini, conforme relatou o jornal “O Globo”. Em vídeo, Allan Lucena aparece saindo do carro, segundo ele, doado pelas empresas “Gramazini e Grupo OK”.
Em outro vídeo publicado na rede social de uma empresa envolvida na doação, é possível ver Jair Renan caminhando no pátio de uma empresa de granito do grupo, no Espírito Santo; onde também aparece um carro como o que foi doado.
A PF investiga se em novembro do ano passado o filho do presidente atuou para que o grupo empresarial conseguisse duas reuniões no Ministério do Desenvolvimento Regional a respeito de construção de casas populares.
Reuniões em Ministério
À época, o ministério disse que as reuniões foram marcadas a pedido de Jair Fonseca, um assessor especial do presidente da República. Jair Renan e Allan Lucena participaram pessoalmente das duas reuniões no ministério, junto a empresários, um deles da Gramazini.
Em uma das reuniões estava presente o ministro Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional. Entretanto, na agenda pública apareceu apenas o nome do assessor da presidência. Não foi mencionado o nome do filho do presidente ou dos empresários.
Com informações do G1