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À frente do 2º Batalhão de Polícia Militar de Taguatinga (BPM) desde 2013, o coronel Edson Rojas tem conseguido fazer o que aconselham os estudiosos da segurança pública: aproximar a polícia da comunidade. Mesmo com um déficit de quase 500 homens, o batalhão continua conhecido na PM como o Dois de Ouro, pelo bom trabalho apresentado. O número de roubos de veículos caiu 58% e de furtos a residência 7%. Comerciantes e moradores afirmam que a polícia se fez mais presentes nos últimos meses.
A Associação Comercial e Industrial de Taguatinga (Acit) enviou ofício aos Comandos da PMDF e do Centro-Oeste pedindo a permanência de Rojas no cargo. Em reunião realizada na sede da Acit, na sexta-feira (24), a deputada Sandra Faraj (SD) prometeu interceder pela causa junto ao vice-governador Renato Santana (PSD). O presidente da Associação, Justo Magalhães, afirma que é essencial para a segurança da cidade a continuidade do trabalho no coronel. “A segurança não pode depender da troca de governo. Deve ser perene. As relações de confiança amadurecem com o tempo e isto é essencial para a paz da sociedade”, comenta o líder empresarial.
A maior luta do coronel Rojas é pela permanência da central de monitoramento das câmeras da cidade no 2º BPM. São 120 câmera espalhadas por Taguatinga. As televisões, os computadores e o cabeamento de fibra ótica estão prontos para uso. Porém, com a troca de governo, a nova direção da Secretaria de Segurança Pública, responsável pelo projeto, está pretendendo retirar de Taguatinga este benefício e paralisou a instalação.
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Oficialmente, a Administração de Taguatinga não comentou o caso porque prefere “não se posicionar sobre outros órgãos”. Mas o administrador Ricardo Lustosa se sensibilizou pela causa e também tem trabalhado para que Rojas continue no cargo. “O comandante do 2º Batalhão tem sido reconhecido pela comunidade por sua brilhante atuação no atendimento às demandas de Taguatinga”, afirmou ele na página da administração no Facebook.
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No início de abril, Taguatinga passou a integrar o programa Pacto Pela Vida, do Governo de Brasília, assim como outras três regiões (Plano Piloto, Sobradinho I e II/Fercal e Santa Maria). O objetivo do programa é integrar Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e Departamento de Trânsito (Detran) em prol da segurança pública e da paz social. As regiões foram escolhidas para um período experimental e o balanço, ainda que superficial, é positivo.
Durante a apresentação do Pacto Pela Vida, o secretário de Segurança Pública e Paz Social, Arthur Trindade, afirmou que para o policiamento comunitário funcionar é essencial “criar o componente de aproximação do policial com a comunidade”. Exemplificou, ainda, que “a população precisa saber que pode contar com a polícia não só quando ocorre um roubo ou homicídio, mas também quando precisar de auxílio para resolver pequenos incômodos”.