Tristeza, emoção e revolta marcaram o velório de Thiago Soares, de 22 anos, no Cemitério Campo da Boa Esperança, na Asa Sul, na manhã desta sexta-feira (28). Clamando por justiça, cerca de 200 pessoas empunharam cartazes com mensagens de apoio à família do jovem. Thiago teria sido agredido por policiais militares quando voltava do evento Picnik realizado no dia 12 de outubro, no Parque da Cidade, e ficou internado durante 15 dias no Hospital de Base do Distrito Federal. A polícia nega.
Segundo a família do jovem, o laudo da causa da morte de Thiago Soares ainda não foi entregue pelo hospital. Um pedido também foi feito ao Instituto Médico Legal (IML) e deve sair em até 60 dias.
O caso
O funcionário da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário, Thiago Henrique Moura Soares, de 22 anos, teria sido espancado por policiais militares no dia 12 de outubro voltando do evento Picnik. Consta nos registros que Thiago foi detido às 21h e só deu entrada na delegacia às 23h.
O pai do rapaz foi contatado à 1h da madruga, mesmo horário em que o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU) foi chamado. Segundo a mãe do funcionário público, Elaine Moura, quando o atendimento médico chegou o filho já estava desacordado e assim foi conduzido ao hospital. Thiago permaneceu na UTI por 15 dia e morreu na madrugada de quinta-feira (27).
Testemunha
Um universitário teria presenciado a cena dos policiais militares agredindo o jovem, segundo o Portal Metrópoles, e classificou como “sessão de tortura generalizada”. “Depois de levar vários pontapés e muito spray de pimenta no rosto, o rapaz aparentemente desmaiou. Tenho certeza de que os policiais perceberam a presença de pessoas vendo a cena”, disse a testemunha.
Versão da PM
A Polícia Militar lamentou a morte de Thiago Soares e, novamente, negou que o rapaz tenha sido espancado. \”Ao ser alcançado na altura da 712 Sul, a equipe pediu que ele se deitasse no chão para evitar outra fuga. Em uma nova tentativa de busca pessoal, Thiago tentou sacar a arma do policial. Diante da situação que poderia colocar em risco a vida dos policiais, a equipe fez o uso progressivo da força com o uso de spray de gás lacrimogêneo\”, disse a PM.
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