A maior crise hídrica do Distrito Federal poderá resultar em mais despesas para o consumidor na conta de água. Quem não economizar poderá pagar preço maior equivalente a 20% quando o consumo ultrapassar 10 mil litros por mês, se o nível Barragem do Descoberto ou Santa Maria atingir 25%. Na quarta-feira (28), o reservatório do Descoberto estava com 34,88 % de seu volume de água e o Santa Maria com 47,86%. A Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa) debaterá a medida em audiência pública nesta segunda-feira (3).
O aumento de 20% poderá acontecer por causa da aplicação da taxa de contingência, de 40%, estabelecida na Resolução nº 15, do último dia 16 de setembro, que colocou o DF em situação crítica de escassez hídrica. A nova norma estabelece que contribuintes terão de economizar em média de 12% a 15% de água para evitar o valor extra na conta emitida pela Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb).
Grandes consumidores
Apesar do rodízio de suspensão de água não ter afetado Brasília, os pontos de maior consumo do recurso são no Plano Piloto. As Asas Norte e Sul gastam cerca de 400 litros de água por pessoa, em média, quando a recomendação da Adasa é de 150 litros e da Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 100 litros. Às margens do Paranoá o consumo é ainda maior: 800 litros de água por habitante.
O abastecimento desses endereços, contudo, é feito pelos reservatórios do Descoberto e de Santa Maria – responsáveis pelo consumo de 85% da população – que não interromperam seu fornecimento. Os outros 15% são provenientes da água de cinco córregos, que abastecem cidades afetadas pelo rodízio como Brazlândia, Jardim Botânico, São Sebastião, Sobradinho e Planaltina.
Economia
Para o diretor-presidente da Adasa, Paulo Salles, a medida “não se trata de uma tarifa punitiva, mas uma forma de estimular as pessoas a poupar água”. Contudo, o consumo da maioria da população (55%) extrapola o limite estabelecido pelo GDF. Os outros 45% que não consomem excessivamente o recurso não vão precisar gastar mais por isso.
Entidades e empresas que prestam serviços considerados essenciais ao Governo de Brasília permanecerão isentos da cobrança. É o caso de hospitais, hemocentros, centros de diálise, prontos-socorros, casas de saúde e estabelecimentos de internação coletiva, que não sofrerão os efeitos da resolução.
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