Me desculpem a insistência, mas Minas Gerais vem se tornando um Estado-Cobaia para fazer tudo o que desejam os que são contra a cultura, a educação, o pensamento livre, a civilidade.
Pois não é que o governador, depois de enfraquecer a Filarmônica, tirando dela o espaço que ocupava, agora pretende acabar com o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais Cultural (O BDMG Cultural, como é conhecido)?
Deveria saber que a cultura não significa deleite para os alfabetizados – mas grana nos cofres públicos.
Pior: a decisão foi tomada porque Romeu Zema ficou de birra depois que foi vaiado nas comemorações dos 35 anos da instituição. Ironia: no momento da vaia ele estava mostrando um vídeo sobre sua atuação na área cultural.
Embora alguns brasilienses – mesmo os que vieram das Gerais – acreditem que São Paulo, Goiás etc. têm uma importância maior na vida do resto do país, é bom lembrar da História recente: Tancredo Neves proclamava que o primeiro compromisso de Minas era com a liberdade.
Bem melhor do que o compromisso com a terra plana, pois não?