Bastou um vírus para humanidade tomar consciência de que a vida é frágil e de nada adianta ter acumulado muito, principalmente por meios desonestos, que, de repente, tudo vira pó. O vírus não olha idade, sexo, cor, condição social, idade, grau de instrução etc.
De repente, muitos tornam-se “religiosos”, formando grupos de oração, divulgando orações, pedindo orações. Mas oração não repercute quando partida de mentes indiferentes ou nocivas aos semelhantes. Deus é amor. Se você quiser ser ouvido e atendido, terá de ser um instrumento de Deus, deixando de prejudicar, de prejudicar-se, e cooperando com seus semelhantes.
Embora muitos procurem conforto na oração e na religião, a verdade é que a maioria está apenas assustada. Basta passar a crise e voltará à velha vida. Religião não significa espiritualidade. Religião é apenas a porta para a espiritualidade, desde que seja usada como um meio de treinamento, de desenvolvimento espiritual.
Desenvolvimento que requer empenho, determinação, apoio de quem atravessou os desertos da caminhada. O deserto simboliza os períodos de recolhimento para estudo, oração, meditação, reflexão. Haverá dúvidas, conflitos, vozes desanimadoras e somente a persistência, a prática, e o estudo clarearão os caminhos.
A participação em grupos é de fundamental importância para o apoio dos colegas de mesmo nível, dos mais maduros e de instrutores. O afastamento de determinados ambientes e colegas fúteis e vazios é muito importante para que o candidato se fortaleça.
Espiritualidade é a essência da religião; a parte oculta esquecida das religiões; a sua parte esotérica. Quando se pratica espiritualidade, lentamente mudanças acontecem na vida e no viver do iniciado.
É preciso não criar ilusões de grandeza, de missionarismo, de origem alienígena. O desenvolvimento espiritual ou espiritualidade só tem início, mas não tem fim. É o bom combate de que falava São Paulo. É a batalha que Arjuna não queria enfrentar no Bhagavad Gita.
Siga com os Mestres do Oriente: “Caminhe, até que não exista mais nem o caminho e nem o caminhante, e só exista o caminhar”.