As seleções brasileiras feminina e masculina de Goalball entram em campo hoje (8) nas disputas da primeira fase dos Jogos Paralímpicos do Rio. A equipe masculina enfrenta a Suécia, às 9h, e o time feminino vai jogar contra os Estados Unidos, às 10h15.
Ao contrário das demais modalidades paralímpicas, que foram adaptadas para pessoas com deficiência, o goalball foi criado especialmente para ser praticado por cegos. A modalidade foi desenvolvida em 1946, voltada aos veteranos da 2ª Guerra Mundial que haviam perdido a visão. A modalidade foi incluída na Paralimpíada de Toronto, em 1976 e , no Brasil, o goalball começou a ser praticado em 1985.
O goalball é um esporte baseado nas percepções tátil e auditiva, por isso não pode haver barulho no ginásio durante a partida, exceto na hora do gol e nas paradas oficiais. A bola, que tem 76 centímetros de diâmetro e pesa 1,25 quilo, tem um guizo dentro para que os jogadores possam se guiar pela audição.
Os atletas são classificados de acordo com o grau de sua deficiência visual, mas todos jogam juntos, usando uma espécie de venda nos olhos, para que possam competir em condições de igualdade.
A quadra tem as mesmas dimensões da quadra de vôlei, e as partidas são realizadas em dois tempos de 12 minutos, com 3 minutos de intervalo. Cada equipe tem três jogadores titulares e três reservas, que são, ao mesmo tempo, arremessadores e defensores. O arremesso deve ser rasteiro ou tocar pelo menos uma vez nas áreas obrigatórias. O objetivo é colocar a bola no gol da equipe adversária.
Tanto a seleção brasileira masculina quanto a feminina ganharam medalhas de ouro nos jogos Parapan-Americanos do ano passado, em Toronto. Em Londres, o goalball masculino ficou com uma medalha de prata. “Acho que o goalball masculino vai chegar muito forte em busca da medalha de ouro, que nos escapou por muito pouco em Londres”, estima o presidente da Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV), Sandro Laina.
O atleta paralímpico Leomon Moreno, integrante da Seleção Brasileira Masculina de Goalball, diz que o principal adversário é a Finlândia, que disputou a final com o Brasil na Paralimpíada de Londres, em 2012, e o Campeonato Mundial de 2014. “A Finlândia é um adversário a que temos que prestar bastante atenção nessa paralimpíada – é dentro de casa, a gente está animado, mas tem que manter o foco, manter o pé no chão para não cometer nenhum deslize”, diz.
Atualmente, o goalball é praticado em 112 países. Os maiores medalhistas no masculino são os Estados Unidos, a Finlândia e Dinamarca. No feminino, os Estados Unidos também lideram, seguidos pelo Canadá e pela Dinamarca. Na Paralimpíada do Rio, dez seleções masculinas e dez femininas buscam o pódio do goalball. As provas serão disputadas de 9 a 16 de setembro na Arena do Futuro, no Parque Olímpico da Barra.
O Brasil também estreia nesta quinta-feira no basquete em cadeira de rodas. A seleção feminina enfrenta a Argentina pela fase de grupos, às 12h15, na Arena Carioca1. A seleção masculina do Brasil joga contra os Estados Unidos às 15h15, aa Arena Olímpica. No futebol de 7, praticado por atletas com paralisia cerebral, o Brasil enfrenta a Grã-Bretanha às 10h.
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