O Distrito Federal vive uma epidemia de caxumba, com 220 casos registrados nos quatro primeiros meses deste ano. O número pode aumentar já que não se trata de uma doença de notificação compulsória. O Governo de Brasília mantém as medidas anunciadas no ano passado, quando 345 casos foram registrados no mesmo período.
A doença é transmitida por contato direto com gotículas de saliva ou secreção da orofaringe da pessoa infectada. O principal sintoma da caxumba é o aumento das glândulas salivares, principalmente a parótida, acompanhada de febre, fraqueza, calafrios, dores de cabeça, musculares e ao mastigar ou engolir. O único tratamento é o repouso.
“Fiquei 8 dias de repouso em casa. Parei de fazer atividade física para não aumentar a minha circulação sanguínea e correr o risco de afetar outros órgãos. Começou de um lado do rosto e depois foi para o outro. Mantive minha alimentação, mas doía muito para comer”, disse Felipe de Menezes, de 25 anos.
Incubação
O período de incubação varia de 12 a 25 dias, sendo, em média, de 16 a 18 dias. O vírus pode ser transmitido a partir do 6º dia, antes do aparecimento dos sintomas, e se estende até 9 dias após o surgimento da parotidite. A rotina pode ficar ainda mais complicada se pessoas próximas não tiverem sido vacinadas ou que nunca contraiu a doença.
“Estou no meu terceiro dia com a doença. Tenho que ficar distante do meu irmão, que nunca teve, e meu pai não se lembra se teve. Com isso, tenho que evitar qualquer contato para evitar um surto. Mesmo assim, posso ter transmitido o vírus para outras pessoas, já que isso acontece também quando os sintomas não aparecem”, disse Bárbara Pevidor, de 22 anos.
Surtos
O Governo de Brasília não dispõe de dados sobre o surto da doença, que é quando dois ou mais casos ocorrem em um período de até 35 dias. Passado esse intervalo de tempo, o surto é encerrado. Não há relato de óbitos relacionados à caxumba, porém, pode causa o aborto durante o primeiro trimestre de gestação.