O empresário Paulo César de Barros Morato, foragido da Operação Turbulência, morreu envenenado. O corpo foi encontrado no dia 22 de junho num motel de Olinda (PE). A causa da morte foi confirmada nesta quinta-feira (30) pela Polícia Científica de Pernambuco.
A conclusão é de exames de DNA, histopatológico e toxicológico realizados nas vísceras do empresário. Segundo a polícia, não há a como saber, por enquanto, se Morato foi envenenado por alguém. A substância encontrada no corpo é o organofosforado, presente na composição do inseticida conhecido como chumbinho.
As informações foram divulgadas por meio de nota e nenhum representante da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS/PE) ou da Polícia Científica deu entrevistas sobre o caso.
Ainda faltam ser concluídas as perícias das imagens das câmeras de segurança e de impressões digitais (papiloscópica), química, tanatoscópica e do local da morte, que têm prazo de 10 dias. A previsão é que o corpo seja liberado para a família amanhã (1º).
Turbulência – De acordo com as investigações da Operação Turbulência, Morato era testa de ferro de uma organização criminosa de lavagem de dinheiro que movimentou R$ 600 milhões desde 2010.
A rede atuava como financiadora de campanhas políticas, entre elas a do ex-governador de Pernambuco e candidato à presidência da República Eduardo Campos (PSB), inclusive da compra do avião usado por ele nas eleições presidenciais de 2014, cuja queda, em Santos (SP), o matou e a mais seis pessoas, em 13 de agosto daquele ano.