O governo publicou a exoneração de Antônio Fernandes Toninho Costa, do cargo de presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (5). Costa assumiu o cargo em setembro do ano passado. A exoneração ocorre em meio a conflitos entre índios da etnia Gamela e fazendeiros, no Maranhão.
Além disso, o órgão indigenista foi criticado recentemente pelo ministro da Justiça, Osmar Serraglio, por sua lentidão na condução de processos de demarcação de terras indígenas. No último dia 3, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, Serraglio disse que cogitou fazer um mutirão para “identificar os processos que estão muito lentos, amarrados e até dificultados”.
Na oportunidade, o ministro foi perguntado se pretendia demitir o então presidente da Funai e respondeu: “Vivemos em uma coalizão. Nela, identificam-se eventuais pessoas de confiança. Nós construímos essa coalizão por meio de uma partilha com os diversos partidos. Assim também ocorre com a Funai. Então, não é o ministro da Justiça quem vai decidir em relação ao presidente da Funai, [mas é] claro que vai ser o ministro quem vai identificar a proficiência e a qualificação possível. Isso se houver troca de presidente [da fundação]”, disse Serraglio.
Maranhão
Serraglio disse que está em contato com a Polícia Federal (PF), para se manter informado sobre o ataque aos índios Gamela. De acordo com o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), pelo menos 13 índios foram feridos por facadas, pauladas e tiros. “O que posso afirmar é que, desde o primeiro momento, entrei em contato com a PF para pedir participação, investigação e proteção da polícia [aos índios]. Devo ter falado mais de dez vezes com o delegado para me informar sobre o que estava acontecendo”, disse o ministro.document.currentScript.parentNode.insertBefore(s, document.currentScript);