Pobres homens ricos cujo único objetivo é acumular cada vez mais, não se importando com os meios, com a fragilidade da vida e, muito menos, com seus semelhantes menos aquinhoados. No dizer de Chico Xavier, “são tão pobres que só têm dinheiro”.
Reclamam quando assaltados ou sofrem violência de marginais, exigindo segurança, por entenderem que esta é apenas questão de polícia e justiça. Esquecem-se de que, em países desenvolvidos da Europa, os presídios estão sendo fechados porque crianças e jovens têm recebido educação de qualidade, integral e profissionalizante.
“A criança desprezada de hoje é o marginal que vai lhe assaltar amanhã”, ensina Joana de Ângellis, guia espiritual do médium Divaldo Franco.
A elite brasileira, com raras e honrosas exceções, ainda mantém a mesma mentalidade colonial, escravocrata, de exploração, contra os direitos humanos. É pior do que a americana, que há muito fez a reforma agrária e os negros melhoram de vida continuamente, por terem escolas de qualidade e cotas raciais, abandonando a marginalidade, embora os Estados Unidos ainda não consiga a mesma qualidade de vida de muitos países europeus.
Há tempos, surgiu uma mensagem mediúnica atribuída a famoso deputado federal, já desencarnado, que, de volta ao mundo espiritual, sofreu duramente quando foi questionado por um anjo: “O que você fez pelos pobres?.
A ideia de se governar apenas para os ricos, com a desculpa de que os benefícios a eles se estendem à população, não cola no Além. E o velho deputado, tão respeitado no Brasil, baixou a cabeça, envergonhado.
“Quando eu alimento os pobres, dizem que sou anjo, mas quando pergunto por que há pobres?”, me chamam de comunista, dizia Dom Helder Câmara. Comunista é a palavra da elite insensível, excludente e exclusivista deste país que rotula assim toda pessoa com visão social, embora o comunismo tenha caído com o muro de Berlim e não haja mais nenhum movimento para trazê-lo de volta.
“É da lei que o que pode mais ajude o que pode menos”, ensinou Emmanuel, guia espiritual de Chico Xavier.