A agressão praticada por taxistas no Aeroporto Juscelino Kubitschek contra três irmãos, espancados por serem confundidos como motorista e usuários do Uber, no último dia 31, foi a gota d´água para a presidente da Câmara Legislativa (CLDF), Celina Leão (PPS). Ela afirmou que submeterá à votação, no próximo dia 21 de junho, o Projeto de Lei n° 777/2015, que trata da regulamentação do transporte individual privado oferecido por meio de aplicativos on-line, serviço prestado pelo Uber.
Apresentado pelo Poder Executivo em novembro de 2015, o projeto já recebeu 41 emendas de parlamentares, e aguarda apreciação pelas comissões da CLDF antes de ser votado em plenário.
Na sessão ordinária da quarta-feira (1º), foi debatida a regulamentação do aplicativo no Distrito Federal. O deputado Prof. Israel Batista (PV), defendeu a nova tecnologia. \”Os taxistas têm a seu favor toda uma tradição de seu serviço, mas as agressões registradas ontem (31) mancham essa história… Esse tipo de reação inútil e inaceitável está se repetindo no nosso país\”, lamentou.
O distrital se manifestou contra o monopólio do transporte individual de passageiros pelos taxistas, afirmando não haver justificativa econômica para isso. \”Hoje, se eu quiser rachar a gasolina com alguém para otimizar o uso do meu carro, estarei cometendo um crime de acordo com a legislação\”, disse.
Os ataques contra condutores do Uber fizeram o deputado Cristiano Araújo (PSD) se posicionar contra os taxistas e a exigir que o GDF casse as licenças dos permissionários envolvidos em agressões. \”Eu sempre defendi os taxistas aqui e inclusive trabalhei para tentar frear a chegada do Uber na nossa cidade, mas diante dos acontecimentos recentes eu retiro meu apoio aos taxistas”, declarou.
Já Agaciel Maia (PR) condenou as agressões, mas reiterou a defesa aos motoristas de táxis. \”Apelar para a violência é uma burrice inigualável… Mas preciso alertar para o monopólio que o Uber planeja criar em nossa sociedade. Depois que acabarem com os táxis, eles vão subir os preços e todo mundo será refém dessa empresa\”, alertou.
Chico Vigilante (PT), por sua vez, criticou o que chamou de exploração dos trabalhadores. \”No meu entendimento, a solução depende de licitação pública para permissões de táxi. Se forem dadas as condições, todos os taxistas prestarão um serviço de qualidade\”, afirmou.
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