O diabetes mellitus tipo 2 é uma condição crônica que afeta a forma como o corpo metaboliza a glicose, sendo uma das principais causas de morbidade e mortalidade no mundo. Essa condição está intimamente relacionada a fatores de risco ambientais, como a alimentação inadequada e o sedentarismo.
O consumo excessivo de alimentos ricos em açúcar e gorduras e a falta de atividade física regular contribuem para o desenvolvimento da resistência à insulina, um dos mecanismos subjacentes do diabetes tipo 2. A prevalência dessa doença tem aumentado de forma alarmante, especialmente em populações que adotam um estilo de vida ocidentalizado, caracterizado por uma dieta pobre em nutrientes e pela inatividade física.
A relação entre alimentação e o diabetes tipo 2 é amplamente estudada e confirmada pela ciência. Dietas ricas em alimentos ultraprocessados, bebidas açucaradas e com baixo teor de fibras, combinadas ao sedentarismo, são apontadas como os principais fatores para o desenvolvimento dessa condição.
A falta de exercício físico reduz a sensibilidade à insulina, enquanto o excesso de peso, muitas vezes resultado da má alimentação, aumenta o risco de desenvolver diabetes tipo 2.
A adoção de hábitos saudáveis, como uma dieta balanceada e a prática regular de atividade física, é considerada uma das estratégias mais eficazes na prevenção e controle dessa doença.
Na segunda-feira (16 de setembro), a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), o Conselho Federal de Nutrição (CFN), Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade (ABESO) emitiram uma nota de repúdio contra as fake news divulgadas por alguns nutricionistas.
Esses profissionais propagaram, sem qualquer respaldo científico, a falsa alegação de que o diabetes poderia ser causado por vermes ou parasitas.
Tal desinformação não apenas prejudica o combate à doença, mas também mina a credibilidade de orientações baseadas em evidências, além de gerar confusão na população que, muitas vezes, busca orientações corretas para a prevenção e tratamento.
A disseminação de informações incorretas sobre a etiologia do diabetes é extremamente perigosa, pois desvia a atenção dos fatores de risco reais e comprovados, como a alimentação inadequada e o sedentarismo.
As entidades que assinaram a nota de repúdio reafirmaram a importância de combater a desinformação e promover o conhecimento baseado em evidências científicas.
O diabetes tipo 2, assim como outras condições crônicas, exige uma abordagem preventiva e de tratamento que seja informada e responsável, e a colaboração entre profissionais de saúde e a sociedade é essencial para garantir que informações corretas e seguras alcancem a população.
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