Apenas de janeiro a agosto deste ano, a área queimada em incêndios florestais no DF atingiu 12.396,93 hectares (cada hectare equivale a 10 mil metros quadrados, um quadrado com laterais de cem metros). A área que sofreu incêndio ultrapassou 143,6% o mesmo período do ano passado, que foi 5.087,98 hectares.
Segundo o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, o número de ocorrências atendidas pela corporação também aumentou. O índice subiu 10,6% em relação ao ano passado, que foram 5.010 chamados e neste ano foram 5.542 pedidos de atendimento. A estimativa é de que o Grupamento de Proteção Ambiental (GPRAM) combata 58 focos de incêndio por dia.
Atualmente, o Distrito Federal tem chances de queimadas em regiões como a Ponte Alta, no Gama, e na estação de Águas Emendadas, em Planaltina. Dados são do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o Instituto monitora as regiões que têm maior risco de incêndio no país. “As condições climáticas contribuem para a crescente quantidade de ocorrências”, afirmou Alan Alexandre, tenente-coronel do Corpo de Bombeiros.
O longo e forte período de seca chega próximo ao fim. Porém, antes das chuvas aparecerem, na semana passada, o DF registrou o dia mais quente do ano, com umidade abaixo de 20% e recorde de temperatura em 2016 – 34,2º C, na quarta-feira. A temperatura foi a segunda mais alta registrada para o mês de setembro desde 1961, quando as medições começaram a ser feitas.
Recomendações da Defesa Civil para o período de seca
– Evitar aglomerações em ambientes;
– Aumentar a ingestão diária de líquidos, independentemente de apresentar sede ou não. Beber pelo menos seis copos d\’água de tamanho médio;
– Evitar banhos prolongados com água quente, bem como o uso excessivo de sabonete para não eliminar totalmente a oleosidade natural da pele;
– Pingar duas gotas de soro fisiológico em cada narina, pelo menos seis vezes ao dia. Esse procedimento evita o ressecamento nasal e a ocorrência de sangramento;
– Evitar ligar aparelhos de ar-condicionado, que retiram ainda mais a umidade do ambiente;
– Colocar toalhas molhadas e bacias com água nos quartos durante todo o dia. Isso ajuda a manter o ar ambiente mais úmido;
– Trajar roupas adequadas às condições do tempo. No calor, usar roupas leves e se possível de algodão;
– Fazer refeições leves, incluindo frutas e verduras sempre que possível;
– Evitar exercícios físicos no período compreendido entre 10h e 17h. Nesse período, a insolação e evaporação atingem seus índices máximos;
– Usar cremes hidratantes ou óleo vegetal em abundância para evitar o ressecamento da pele;
– Optar pelo uso de sombrinha ou guarda-chuva no período mais quente.
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