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O movimento estudantil contra a reforma do ensino médio e a Proposta de Emenda à Constituição 241, que estabelece um teto para os gastos públicos pelos próximos 20 anos, dobrou o número de escolas ocupadas no Distrito Federal. As ocupações acontecem ainda em unidades de institutos federais.
Os estudantes ocupavam o Centro de Ensino Médio 304 de Samambaia, Centro Educacional 1 de Planaltina, Centro Educacional Gisno e o Centro de Ensino Médio Setor Oeste (Cemso). Agora ocupam também o Centro de Ensino Médio Elefante Branco, Centro de Ensino Médio 111 do Recanto das Emas, Centro de Ensino Médio de Taguatinga Norte (CEMTN) e o Centro de Ensino Médio da Asa Norte. Estima-se que ao menos oito unidades de institutos federais de Brasília também estejam ocupados.
Volta às aulas
A Secretaria da Educação do DF informou, em nota, que representantes oficiais estão buscando diálogo constante com os estudantes. O principal objetivo da secretaria é que os alunos desocupem as escolas de maneira pacífica e que as aulas ocorram normalmente, sem prejuízo dos conteúdos ofertados. O secretário de Educação, Júlio Gregório, afirmou que nenhuma discussão sobre o ensino médio ocorrerá sem a participação efetiva da classe estudantil durante o processo.
Movimento nacional
O movimento da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) estima que no Brasil, mais de 1,1 mil centros de ensino, escolas, universidade e institutos federais estão ocupados. Os estudantes lutam para que os gastos com a educação e saúde mão sejam congelados.
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A Ubes afirma que é contra a paralisação do incentivo à educação por seis motivos: ataque aos setores mais carentes da população, o desmonte da educação pública, o retrocesso pelos direitos conquistados pelo povo, a escassez dos serviços públicos brasileiros, a constante ausência de debate e a desaprovação por parte dos especialistas.
Eleições – O segundo turno das eleições 2016 ocorrerá em várias escolas do Brasil neste domingo (30). Os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) decidiram transferir algumas seções eleitorais por causa das ocupações. Em contrapartida, outras escolas estabeleceram níveis de território delimitados para que haja votação mesmo com ocupação.
As seções modificadas estão no Espírito Santo (Serra e Vitória), em Goiás (Anápolis e Goiânia) e em Pernambuco (Recife), informaram quinta-feira, 27, os TREs dos respectivos estados. Na semana passada, pelo mesmo motivo, o TRE do Paraná já havia alterado o local de votação de 700 mil eleitores em Curitiba, Maringá e Ponta Grossa, onde haverá o segundo turno.
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