O setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, ou simplesmente Departamento da Propina, além de apelidar políticos com nomes curiosos para maquiar as negociações investigadas pela Operação Lava Jato, também dava nomes aos partidos. Curiosamente, os executivos da empresa utilizavam nomes de times de futebol para nomear as siglas e driblar a Justiça.
O Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), por exemplo, eram Flamengo e Corinthians, respectivamente. O partido do presidente da República, Michel Temer (PMDB), era o Internacional. O Botafogo poderia ter dois significados distintos nas planilhas da constrututora: poderia significar o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), e o partido Partido Social Democrático (PSD).
Na mesma lógica, as posições dos políticos “em campo” foram definidas pelo cargo público. Presidente era o centroavante. Enquanto governador e senador eram meia e ponta.
Veja a lista completa:
PT – Flamengo
PSDB – Corinthians
PMDB – Internacional
DEM – Fluminense
PR – São Paulo
PSB – Sport
PP – Cruzeiro
PTB – Vasco
PPS – Palmeiras
PSol – Atlético Mineiro
PCdoB – Bahia
PSC – Náutico
PSD – Botafogo
PRB – Santos
PDT – Grêmio
Pros – Santa Cruz
PV – Coritiba
Rede – Remo
Sem partido – ABC
Centroavante – Presidente
Meia – Governador
Volante – Deputado Federal
Ponta – Senador
Zagueiro – Deputado Estadual
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