Sindicato dos Bancários de Brasília
O Sindicato dos Bancários de Brasília, a Fenae, a CUT e a assessoria jurídica da LBS Advogados se reuniram com o diretor do escritório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil, Martin Georg Hahn, para apresentar notícia das denúncias de assédio moral e sexual na Caixa Econômica Federal, em casos que levaram à demissão do ex-presidente e de outros dirigentes do banco. As entidades destacaram a gravidade das violações da Convenção 111 da OIT.
Participaram do encontro com Martin Hahn o presidente do Sindicato, Kleytton Morais, o presidente da Fenae, Sérgio Takemoto, a secretária de Mulheres da CUT-DF, Thaísa Magalhães, e os advogados sócios da LBS Advogados, Antônio Fernando Megale e Fernanda Giorgi.
Além de requererem providências em relação aos casos de explícita e intolerável violação aos direitos humanos na Caixa, as entidades manifestaram forte interesse em uma resposta contundente do banco na apresentação de instrumentos de prevenção e de combate aos casos de assédio no trabalho.
“Buscamos junto à OIT colaboração técnica à ampliação de iniciativas que busquem garantir uma resposta firme aos casos de assédio sexual e moral na Caixa. Estamos cuidando para que as investigações em curso sejam realizadas de boa-fé e de maneira efetiva, com diálogo social verdadeiro, para que não resultem em impunidade, e para que sejam estabelecidas medidas concretas para que o trabalho na Caixa e no sistema financeiro seja um trabalho digno”, esclareceu Morais.
O diretor da OIT ressaltou a importância da conversa com as representações dos trabalhadores e colocou o órgão à disposição, especialmente naquilo que são atividades do mandato da OIT, como prestação de assistência técnica e compartilhamento de estudos e documentos sobre boas práticas em prevenção e combate ao assédio no trabalho.
O escritório da OIT no Brasil irá se empenhar junto ao Departamento das Atividades dos Trabalhadores (OIT-ACTRAV) pela realização de seminários e oficinas para trabalhadores e trabalhadoras, fomentando também a participação dos empregadores, “para que haja efetiva saúde e segurança no trabalho e para que as pessoas tenham condições dignas de trabalho”.