A morte de Eduardo Campos modifica o cenário político das eleições, e institutos de pesquisas já se preparam para avaliar essa mudança nas próximas sondagens. O candidato estava na terceira colocação nas pesquisas de intenção de voto à Presidência.
O instituto Datafolha manteve a produção de todas as suas sondagens que vão avaliar as intenções de votos nas eleições estaduais nesta semana, mas cancelou as pesquisas nos estados para presidente.
A equipe do instituto já trabalha em uma nova amostra, que será elaborada a partir de amanhã e divulgada na segunda-feira, sobre a disputa pela Presidência com dois novos cenários: um sem a prese
— Estamos indo para o campo para verificar esta mudança de cenário. Qualquer insinuação é arriscada — afirma o analista do Datafolha, Mauro Paulino, que ressalta o ineditismo do episódio. — É algo inédito. Já era uma eleição cuja máxima era imprevisibilidade. Diante deste trágico episódio, vamos ver como vai ser o primeiro impacto no cenário.
De acordo com Márcia Cavallari, do instituto Ibope, a morte de Eduardo Campos e suas possíveis consequências não mudam o cronograma de sondagens, porque a próxima pesquisa será feita somente em setembro, após os próximos dez dias em que a coligação deve definir seu futuro.
— Mantemos nosso cronograma. Não há nenhuma pesquisa em produção ou finalização que necessite ser revista. A próxima só será divulgada em setembro, com as mudanças nas coligações já feitas pelos partidos — afirma Márcia.
ANÁLISES PREMATURAS
A analista do instituto também concorda que é muito prematuro avaliar variações nas intenções de votos.
— É muito cedo. Não dá para fazer esse tipo de análise. Existem fatores como a comoção da sociedade e a posição do partido, que precisam ser vistas ainda — afirma.
Na última pesquisa feita pelo Ibope, Eduardo Campos aparecia com 8% de votos, em terceiro lugar. Em uma possível disputa no segundo-turno contra Dilma Rousseff (PT), o candidato aparecia com 29%, contra 41%.
Na sondagem feita pelo Datafolha, o ex-governador aparece também com 8% de votos. Porém, em um possível segundo-turno, o candidato somou 38% das intenções de voto, contra 45% da petista.