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Diante da pressão popular e de vários partidos, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta segunda-feira (2) que a Mesa Diretora vai rever a regra que autoriza o pagamento de passagens aéreas a cônjuges de parlamentares. Até o momento, seis partidos já se manifestaram contra o benefício. Essas seis bancadas somam 181 deputados – ou 35% da Casa.
Cunha afirmou que levará o assunto para a próxima reunião da Mesa Diretora da Câmara, na terça-feira. “Vamos debater com a Mesa. O que eu posso afirmar é que haverá um recuo. Agora, qual tipo de recuo que nós vamos fazer, deixa que a Mesa decida em conjunto pra não ser uma ação voluntarista”, afirmou o presidente da Casa. A princípio a Câmara não irá acabar com o benefício, mas ele ficaria sujeito à autorização da Mesa Diretora. E os voos a esposas e maridos de parlamentares ocorreriam apenas em situações excepcionais.
O peemedebista não chegou a classificar a concessão de passagens aéreas a cônjuges de parlamentares como um “erro”, mas admitiu que a repercussão da medida não foi positiva. “Não acho que foi precipitado, nem que tenha que tomar mais cuidado. É muito bom quando a gente faz uma atitude e pode ter a tranquilidade de vir e rever. Todos nós podemos ter uma convicção e depois constatar que essa convicção não teve a receptividade da opinião pública que nos permita mantê-la”, pontuou.