Pedro César Batista e Paulo Miranda (*)
Foi realizado nos dias 11 e 12 de setembro, em Caracas, na Venezuela, o Congresso Mundial contra o Fascismo, com a presença de mais de 1.200 delegados de 95 países. A Internacional Antifascista surge para unificar a esquerda mundial e ocupar o espaço da I, II, III e IV Internacional Comunista e a quinta que o comandante Hugo Chávez tentou criar.
O capitalismo vive, atualmente, uma de suas mais profundas crises, resultado de sua política criminosa contra os povos, que sofrem duros ataques às históricas conquistas da classe trabalhadora. Os Estados Unidos efetivam-se como uma central das corporações que saqueiam nações, destroem os Estados nacionais, provocam guerras e desenvolvem poderosas campanhas pelas redes sociais com mentiras e ódio.
A Venezuela tem sido o epicentro desta campanha, com a finalidade de derrubar o legítimo governo do presidente Nicolás Maduro, recém-eleito em uma eleição limpa, transparente e segura, na qual a população mostrou disposição em seguir as transformações iniciadas por Hugo Chávez Frias.
Este cenário provocou a realização do Congresso Mundial contra o fascismo, neofascismo e outras expressões similares. O Congresso mundial contra o fascismo, proposto e organizado pelo governo do presidente Maduro reuniu representantes de todos os continentes. Nos dois dias foram apresentadas inúmeras análises sobre as tarefas que a humanidade tem no momento para derrotar de novo as agressões do imperialismo.
No final do encontro foi aprovada, por unanimidade, a criação da Internacional Antifascista, com sede em Caracas. O congresso ocorreu paralelo ao martírio de Salvador Allende, assassinado em combate durante o golpe em 11 de setembro de 1973, no Chile.
O congresso foi aberto pela vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodriguez, que destacou que o “fascismo é a vanguarda extremista do capitalismo”, os quais se utilizam de toda a violência, propagação de mentiras e ataques contra os povos para tentarem superar a crise que a burguesia enfrenta. A vice-presidente ressaltou que apesar de toda a agressão e covardia do imperialismo, sempre haverá resistência.
“O povo palestino tem sido o maior exemplo de resistência ao fascismo em sua vertente sionista”, disse. Assim como os povos de América Latina e Caribe enfrentaram cruéis ditaduras nas décadas de 1970/80, todas financiadas e organizadas pelos EUA, que deixaram um saldo de milhares de mortos, torturados, presos políticos e exilados, atualmente o imperialismo coloca governos que atuam contra os interesses nacionais, após intensas campanhas pelas mídias e redes sociais, como são os casos da Argentina, com Milei; do Equador, com Noboa; de El Salvador, com Bukele; no Peru, com Boluarte.
A TV Comunitária de Brasília, a Rede Internacional de Intelectuais, artistas e movimentos sociais em defesa da humanidade – Capitulo Brasil e o Comitê anti-imperialista general Abreu e Lima participaram deste histórico momento que criou a Internacional Antifascista.
Agora a tarefa é difundir e organizar o braço da Internacional Antifascista no DF e no Brasil.
(*) Dirigentes da TV Comunitária de Brasília