A derrota traumática na semifinal da Copa do Mundo antecipou uma discussão que vai movimentar o futebol do Brasil nos próximos dias, semanas ou meses: quem será o treinador da Seleção para o ciclo até a Copa de 2018? Nem mesmo a saída de Felipão está confirmada, mas a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) terá de trabalhar com a realidade de procurar por um novo nome.
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Após o vexame contra a Alemanha, o treinador disse que só conversará sobre o assunto após a Copa. O mesmo fez durante todo o período no cargo, mas nos bastidores sempre se trabalhou com a possibilidade de Felipão procurar novos rumos, independente do que acontecesse em campo. Mesmo assim, o presidente José Maria Marin e seu sucessor Marco Polo Del Nero sempre manifestaram desejo de permanecer com Felipão. O 7 a 1 contra a Alemanha e as críticas ao seu trabalho, porém, diminuem e muito esta possibilidade.
Tite é o nome que desponta como favorito. Respaldado pelos mais de três anos de trabalho vitorioso no Corinthians, o treinador está sem clube desde o final de 2013 e já manifestou anteriormente desejo de treinar a Seleção. Procurado por times como Grêmio, recusou convites avisando que só aceitaria trabalho a partir do segundo semestre.
Dirigentes de clubes que o procuraram comentaram nos bastidores que a justificativa para o declínio era uma espera para assumir a Seleção depois da Copa. A cúpula da CBF evita comentar o assunto e diz que sempre trabalhou com Felipão como única opção, até mesmo para a continuidade do trabalho.
O favoritismo de Tite também evidencia a escassez de opções para o cargo. Entre os mais experientes, Mano Menezes já teve sua chance na Seleção e não irá voltar. Muricy Ramalho foi convidado para substituir Dunga em 2010 e recusou diante da intransigência do Fluminense. Desde então tem sofrido críticas por seu estilo de jogo, mas pode ser o plano B por agradar à nova diretoria da CBF. Abel Braga, do Internacional, atende a requisitos para pleitear o cargo. O cruzeirense Marcelo Oliveira pode se credenciar pelo bom trabalho coroado pelo título brasileiro de 2013.
Seja ela qual for, a decisão final será estratégica para a nova gestão. Marco Polo Del Nero assumirá o cargo de José Maria Marin no começo de 2015 e a escolha do novo treinador é fundamental para o início de relação do novo presidente com a torcida. Será a primeira mudança de fato na CBF desde que Ricardo Teixeira iniciou seu mandato em 1989.