Expulsão de Celina é pedida no PPS
Nem em casa, a presidente afastada da Câmara Legislativa do DF, Celina Leão, tem sossego. Já tramita no PPS um pedido de expulsão dela do partido comandado nacionalmente por Roberto Freire. Na verdade, Celina fez parte de uma engenhosa arquitetura política montada por Freire para fortalecer o PPS na Capital Federal, que durante muitos anos teve como identificação maior Augusto Carvalho, hoje filiado ao Solidariedade, do Paulinho da Força. O reforço envolveu ainda a chegada de Cristovam Buarque e, mais recentemente, Raimundo Ribeiro.
O pedido de expulsão de Celina é assinado por um membro do Diretório Regional: João Artur de Almeida Pinheiro. Tuca Pinheiro, como é conhecido pelos amigos, alinhavou três páginas de argumentos para que a Comissão de Ética do PPS-DF expulse a distrital. Em relação aos recentes episódios de suspeita de pagamento de propinas aos distritais, afirma Tuca Pinheiro: “Vislumbramos a quebra de princípios basilares que regem e norteiam a conduta de qualquer filiado a este partido. Observamos que foram deferidos golpes contundentes ao nosso Estatuto, e ao nosso Código de Ética.”
E finaliza: “Haja vista as gravidades supranarradas, que seja observado o artigo 4º parágrafo 1º, do Código de Ética, pela Expulsão dos quadros de filiados do PPS da Deputada Distrital Celina Leão.”
Voto de confiança.
Curiosamente, o pedido de expulsão é só contra Celina Leão. Raimundo Ribeiro, também citado nas gravações, parece estar de bem como partido para ter obtido um voto de confiança. Por que será?
Ainda não há uma data para o julgamento da Comissão de Ética. Enquanto isto, o PPS-DF decidiu criar uma Comissão Auxiliar .Ela vai acompanhar e subsidiar o partido com informações relacionadas às denúncias contra os deputados distritais Celina Leão e Raimundo Ribeiro. A comissão será composta por integrantes do Núcleo Temático de Direito, Justiça e Cidadania e terá 30 dias para elaborar seu parecer
Cadê a Anac?
Os governos federal e distrital fizeram imensos investimentos na ampliação e reforma do Aeroporto de Brasília. Alguns milhões do contribuinte foram repassados pelos bancos oficiais para que a InfraAmérica modernizasse o JK. Até o ICMS sobre querosene de aviação foi reduzido no DF. Mas o céu não está para brigadeiro.
Setembro será um mês de redução de voos internacionais no aeroporto de Brasília. Está previsto o fim das operações da Air France na Capital Federal. A ligação Paris-Brasília, estimada em pouco mais de dez horas, terá que ser agora via conexão em São Paulo, com horas e horas de espera.
A TAM, hoje propriedade da chilena LAN, que em junho passado já tinha acabado com a linha para Orlando, informou aos operadores o cancelamento agora em setembro de outro voo para a Flórida. Desta vez será a rota Brasília–Miami.
Em abril deste ano, a Aerolíneas Argentinas já havia cancelado a linha de interligação das duas capitais mais importantes do Mercosul: Buenos Aires e Brasília. A rota da Gol para Buenos Aires também já não existe mais.
A desativação de rotas aéreas não traz como prejuízos apenas o desconforto para viajantes. Ele impacta diretamente na geração de emprego e de renda. Empregos não apenas nas atividades aeroportuárias diretas, mas também na chamada indústria do turismo (transporte, hotéis, bares e restaurantes).
Pela posição geográfica, Brasília tem vocação para ser um portão internacional para o Brasil e até para a América do Sul. Muitos desses voos internacionais estavam transformando Brasília num HUB: passageiros de outras Regiões do país faziam conexão na Capital, no lugar de ir a São Paulo ou ao Rio.
A InfraAmérica, que opera o Aeroporto de Brasília, não comenta a decisão das companhias aéreas, nem se isso afetará os planos de expansão do aeroporto. Informa apenas que a cidade continua contando com destinos internacionais: Miami (American Airlines), Cidade do Panamá (Copa Airlines), Punta Cana (GOL) e Lisboa (TAP).
Com menos voos diretos, os passageiros de Brasília se viram obrigados a reforçar a lotação dos que saem de São Paulo e Rio de Janeiro. A lucratividade dos grupos econômicos em primeiro lugar e o conforto dos passageiros em segundo plano.
Cadê a Anac?
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