A coleta seletiva voltou a ser feita em Brazlândia, na Candangolândia, no Núcleo Bandeirante, em Samambaia e em Santa Maria, por quatro organizações de catadores de materiais recicláveis. Os dias, horários e locais estão disponíveis no site do Serviço de Limpeza Urbana (SLU). Uma das formas de colaborar com o serviço é separar os materiais recicláveis — como papel, papelão, isopor, metal e plástico — dos orgânicos e rejeitos, a exemplo de restos de comida, filtros de café e lixos de banheiro.
Remover o excesso de alimentos e bebidas das embalagens, desmontar caixas de papelão para ocupar menos espaço e embalar materiais cortantes e pontiagudos para evitar ferimentos são outras orientações. O SLU também recomenda escolher produtos com menos embalagens e maior durabilidade e, para economizar água, reutilizar guardanapos para remover o excesso de comida das embalagens.
Dicas como essas são repassadas em mobilizações feitas pelas cooperativas, com o intuito de informar à população sobre as rotas e a separação correta dos resíduos. A responsável pela coleta em Santa Maria é a cooperativa R3; em Samambaia, a Recicle a Vida; em Brazlândia, a Acobraz; e na Candangolândia e no Núcleo Bandeirante, a Renascer. Elas foram contratadas em maio pelo governo de Brasília, com valor anual de R$ 383.183,52 por organização.
Os trabalhadores percorrem as ruas uniformizados, e os veículos são identificados e circulam em áreas específicas. Nesse modelo são atendidos 90% da Candangolândia e do Núcleo Bandeirante juntos, 60% de Brazlândia, 30% de Santa Maria e 15% de Samambaia. A meta é atender 144.756 habitantes, em domicílios e estabelecimentos comerciais, e recolher 390 toneladas de material reciclável por mês. A contratação das quatro organizações é uma iniciativa do projeto Reciclagem e Cidadania, do SLU, que tem como uma das ações o projeto Coleta Seletiva Inclusiva.
Águas Claras na ponta – De acordo com o Relatório de Análise Gravimétrica dos Resíduos Sólidos Urbanos do Distrito Federal, divulgado pelo Serviço de Limpeza Urbana, em Samambaia, por exemplo, 75% do que é recolhido na coleta seletiva é reciclável. No topo da lista das regiões analisadas está Águas Claras, com 85%. O menor valor (38%) foi constatado na Estrutural. Em relação à presença de rejeitos na coleta seletiva, Brazlândia conta com a maior porcentagem (51%).
Quando a análise é feita na coleta convencional, a maior representatividade do material orgânico está no Lago Norte (72%), e a menor, em Ceilândia (7%). A análise foi feita em 16 regiões administrativas. “O objetivo foi verificar a qualidade do resíduo gerado pela população do DF e dar o rumo para a retomada da coleta seletiva”, explica a diretora-presidente do SLU, Kátia Campos.