Da Redação
A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) aprovou nessa terça-feira (28) o Projeto de Lei nº 2.858/22 que suplementa os orçamentos do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) e do Hospital da Criança de Brasília José de Alencar no valor total de R$ 352,5 milhões. O PL dividiu os parlamentares: a oposição defendeu o envio de projetos diferentes, um para cada suplementação; entretanto, a base do governo, autor da proposta, garantiu a aprovação do texto do Buriti, que precisa ainda ser votado em segundo turno antes de ir à sanção.
Desses créditos suplementares, cerca de R$ 311 milhões estão destinados ao IgesDF e R$ 40 milhões para o Hospital da Criança. São recursos que resultam de verbas da Seguridade e do cancelamento de projetos na educação e para aquisição de medicamentos.
Deputados da oposição chamaram de “malandragem do governo”. Para Chico Vigilante (PT), “O governo sabe que aqui tem uma discussão muito grande sobre o IgesDF, mas também sabe que aplaudimos o Hospital da Criança; aí envia um projeto amarrando os dois. Eu diria que fez uma malandragem”. Já Fábio Félix (Psol), que pediu o envio de projetos distintos, disse que “o governo fez uma gambiarra colocando no mesmo bolo o Hospital da Criança e o Iges”.
Da mesma forma, manifestaram-se os deputados Professor Reginaldo Veras (PV) e Leandro Grass (PV). Grass ainda lamentou o cancelamento de R$ 14 milhões para as creches credenciadas e de R$ 17 milhões para a aquisição de medicamentos.
Por outro lado, o distrital Agaciel Maia (PL), relator do projeto na Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (CEOF), argumentou que a suplementação de recursos para o IgesDF já estava prevista, considerando o montante repassado no ano passado. “Esse dinheiro é necessário. Vamos fechar o Hospital de Base, o de Santa Maria e as UPAs administradas pelo Instituto? É desgastante para mim fazer essa defesa. Essa suplementação já era prevista”, afirmou Agaciel. Igualmente favorável à proposta, o deputado Hermeto (MDB), disse o mesmo: “toda votação de crédito para o Iges é assim. A suplementação já estava prevista”.
Com informações da CLDF.