As ciclovias de Ceilândia viraram área de disputa entre pedestres e ciclistas. É comum ver pela cidade grupos de estudantes, idosos e até crianças caminhando pelas ciclovias. A psicopedagoga Danielle Alves, 35 anos, sabe que as ciclovias são destinadas aos ciclistas, mas sempre escolhe a via para fazer suas caminhadas por considerá-las mais planas e seguras. “As calçadas são muito esburacadas e mal feitas. Precisei fazer uma cirurgia no joelho e por um bom tempo usei bengala. É impossível andar de bengala pela calçada.”
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Sandro Henrique é ciclista há mais de dois anos e pedala todos os dias pelas ruas de Ceilândia. Segundo ele, a falta de sinalização para orientar os pedestres sobre o uso da via é o principal causador do impasse. Sandro alerta que a disputa com o pedestre nas ciclovias pode causar acidentes graves. “Eu mesmo me envolvi em um acidente. Quase atropelei uma senhora. Muitos ciclistas estão escolhendo pedalar pela pista para evitar o contato com pedestre e, principalmente, para ganhar tempo.”
De acordo com o administrador Ary de Almeida, Ceilândia tem aproximadamente 40 quilômetros de ciclovias construídas. Ele reconhece que falta conscientização do uso adequado das ciclovias por parte dos pedestres. “Em Ceilândia, o problema das ciclovias é a disputa com o pedestre e não é por falta de calçadas. Onde tem ciclovia tem calçada. Estamos começando uma campanha educativa. Instalamos placas na entrada de cada ciclovia. Em alguns trechos estamos panfletando e explicando a função da ciclovia.\”