As famílias que lutam pela liberação no Brasil do uso do canabidiol (CBD), substância encontrada na maconha e apontada como terapêutica no caso de doenças raras, receberam com tristeza a notícia da morte de Gustavo, menino de um ano e quatro meses, ontem, em Brasília.
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Os pais da criança, que sofria com crises epilépticas por causa da Síndrome de Dravet, também lutavam pela autorização do remédio e, inclusive, participaram de uma reunião na última quinta- feira com o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Dirceu Barbano, que prometia decidir sobre a legalização da substância em pacientes epilépticos. Mas um pedido de vistas adiou a decisão.
O bancário Norberto Fischer e a paisagista Katiele Fischer, pais de Anny, de seis anos, que também sofre com crises de epilepsia, confessam a tristeza e asseguram que a morte de Gustavo potencializa a revolta.
“Estávamos confiantes, mas agora o nosso sentimento é de vergonha em relação ao discurso do Dirceu Barbano, que fez declarações sem fundamento durante a última reunião”, admite Norberto, ressaltando que os benefícios da substância já estão comprovados.
Para Katiele, a luta vai continuar até a liberação. “Recebemos ligações de pais desesperados e na mesma situação que a nossa. É impossível parar de tentar lutar pela saúde dos nossos filhos”, conclui.