Nenhum momento, até agora, pode ser mais importante para a história do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha do que a partida de hoje, às 17h, entre Brasil e Camarões. Os brasilienses vão receber a torcida de todo o país — e estrangeiros — para um jogo decisivo, que vale a classificação da seleção anfitriã, pentacampeã, às oitavas de final da Copa do Mundo. Por tudo isso, para a capital, o confronto de hoje tem gostinho especial, mesmo que o time de Luiz Felipe Scolari chegue à decisão no Maracanã.
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E a casa está pronta. Os anfitriões — com a animação de um povo heroico — aquecem com o time e preparam a garganta e o coração para torcer pelos canarinhos. A depender do empenho dos brasileiros em organizar a festa, a Seleção já é a campeã.
A capacidade do brasileiro de contagiar pôde ser sentida pelos estrangeiros que tomaram Brasília e o país desde o início dos jogos da Copa. O jeito alegre de encarar a vida não poderia ser diferente na hora de receber os jogadores. Para preparar a comemoração, vale enfeitar a casa, chamar a família e os amigos, colocar a bebida para gelar e, claro, vestir a camisa. Será assim na casa da professora Raquel Figueiredo Borges de Lima, 39 anos, no Lago Sul. Ela e o marido, o gerente comercial Victor Andrezo, 53, organizaram uma tarde de crepes para a famíla. Mais de 30 pessoas unidas para enviar energia positiva à Seleção. “Todo mundo está super animado. A alegria é demais”, diz Raquel.
Este será o primeiro jogo do Brasil em Brasília no Mundial. Para os brasileiros ficarem felizes por completo, terá de ser o último. Caso volte a jogar alguma partida no Estádio Nacional, será a disputa pelo terceiro lugar. No entanto, a torcida é pelo hexa. “Estamos fazendo de tudo pela Seleção, então, queremos que o time faça tudo por nós também”, brinca o cabeleireiro Daniel Rodrigues Nizes, 28. Ele e a namorada, a funcionária pública Tatiana Giraldez Esquivel, 50, receberão 15 amigos em uma cobertura no Sudoeste, com vista privilegiada para o estádio. “Estamos no nosso país, na nossa cidade, que nunca esteve tão cheia de turistas. Temos que comemorar a harmonia, porque o que vale é essa troca de energia”, afirma Tatiana.