Para os colegas de profissão, este é um ano muito importante, porque em outubro, ocorrerão as eleições municipais. Como todos sabem, nós, eleitores do Distrito Federal, não votamos para prefeito e vereador – os cidadãos brasilienses votam apenas de quatro em quatro anos nas eleições gerais.
Mas, pouca gente sabe que Brasília já teve prefeito, embora ele não tenha sido escolhido pelo voto direto da população. A Prefeitura do Distrito Federal foi criada em 1960 pelo presidente Juscelino Kubstchek e teve como primeiro mandatário o político mineiro Israel Pinheiro da Silva, um dos responsáveis pela construção da capital.
Israel Pinheiro – só para ilustrar – empresta seu nome ao viaduto que dá acesso a Vicente Pires e Águas Claras e liga cidades como Taguatinga e Ceilândia ao Plano Piloto. Além de Pinheiro, outras 10 pessoas ocuparam o cargo até 1969, quando o governo militar implantado pelo golpe de 1964 criou o Governo do Distrito Federal.
O primeiro governador biônico do Distrito Federal, nomeado pelo general Emílio Garrastazu Médici foi o tenente-coronel Hélio Prates da Silveira. E foi em homenagem a ele que se batizou a avenida que liga Taguatinga Norte à até a Ceilândia.
Mas, por que Brasília não realiza eleições a cada dois anos, como as demais cidades do País? De acordo com a Constituição Federal, o DF é caracterizado como unidade da Federação que é Estado e município, com competências legislativas reservadas aos dois entes federativos.
Por isso, ao votar para governador, a população local elege, na prática, seu “prefeito”, já que ele é o responsável por administrar nosso Quadradinho e indicar os representantes das macro e microrregiões. No caso, os administradores regionais.
Mas não pensem, caros leitores, que a falta de eleições no DF em 2024 seja motivo para que os políticos brasilienses não trabalhem pensando em votos. Afinal, é disso que eles vivem.
Na prática, os pretensos candidatos não tiram o olho das urnas. E as redes sociais vieram para deixar isso ainda mais claro.
As equipes de comunicação dos (já!) pré-candidatos estão cada vez mais robustas. E quem busca uma oportunidade de trabalho não pode ignorar tal fato. As vagas para essas áreas são cada vez mais frequentes, e mesmo assim continuam carentes de bons profissionais.
O mercado da comunicação política tende a crescer. E o primeiro passo para encontrar seu espaço é não acreditar em chavões como o de que “políticos não trabalham”. Porque além de eles trabalharem muito, eles podem precisar de você para compor suas assessorias e corpos técnicos.
A dica é estudar e estar preparado para assumir uma função dessas. Fique ligado!