O presidente Jair Bolsonaro abriu nesta terça-feira (24) os debates da 74ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, nos Estados Unidos.
Bolsonaro iniciou seu discurso dizendo que iria apresentar o novo Brasil que ressurge depois de ter ficado à beira do socialismo e que seu governo tenta reconquistar a confiança do mundo.
“Meu país esteve muito próximo do socialismo, o que nos colocou em uma situação de corrupção generalizada” afirmou o presidente, citando o programa Mais Médico de 2013 que, segundo ele, era um verdadeiro trabalho escravo, respaldado por entidades de direitos humanos do Brasil e da ONU. Essa afirmação levou a delegação cubana a deixar o recinto.
Logo depois, abordou a questão da Amazônia, dizendo que está praticamente intocada e que o bioma não está sendo devastado. Criticou ainda a influência e a mídia externa pelo o que classificou como informações sensacionalistas sobre os incêndios no país, e que é uma falácia afirmar que a floresta é patrimônio da humanidade.
O cacique Raoni Metuktire, do povo Caiapó, foi criticado fortemente pelo presidente, que afirmou que ele é usado como peça de manobra por grandes forças estrangeiras na sua guerra informacional e que não representa todos os indígenas do Brasil.
O discurso durou cerca de 30 minutos. Bolsonaro fez ataques à mídia nacional e temas relacionados à sua base, como a suposta perversão da identidade biológica de crianças. “A ideologia invadiu nossos lares para investir contra a célula-mater de qualquer sociedade: a família”, disse.
O tema desse ano nas discussões gerais é “galvanizando esforços multilaterais para erradicação da pobreza, educação de qualidade, ação pelo clima e inclusão”.