O processo de reestruturação do Banco do Brasil, com a demissão de 5 mil empregados e o fechamento de 361 pontos de atendimento em todo o País, enfraquece a instituição e abre espaço para que a concorrência entre em nichos importantes de posicionamento de mercado. A avaliação é do presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília, Kleytton Moraes.
Segundo ele, o redesenho não leva em conta os impactos sobre o funcionalismo e o papel importante da instituição secular, que é o BB, de ser um banco público, com responsabilidades para com os acionistas e focado na inclusão da sociedade brasileira.
“O que dizem para o mercado é que se trata do fortalecimento do Banco do Brasil, mas o que vemos é o contrário. Estão entregando fatias consideráveis e rentáveis para outros setores, diminuindo os resultados da instituição”.
Privatização – Moraes denuncia que a reunião do Conselho de Administração que aprovou a reestruturação não teve a presença da representante dos funcionários. “O banco está redesenhando sua estratégia sem a participação dos trabalhadores. Isso dificulta o processo e gera efeitos negativos para a instituição”.
Ele também descarta a privatização do BB. “Não acredito que isso seja viável, devido à resistência da sociedade, dos funcionários e de outros agentes que precisam do banco. Entre esses agentes, o presidente do Sindicato dos Bancários, que é funcionário de carreira do BB, cita o agronegócio, a agricultura familiar e os industriais. “Esses agentes salvaguardam o BB como instituição pública eficiente e eficaz”, completa o sindicalista.