A Argentina, que faturou o ouro nas Olimpíadas de Atenas (2004) e Pequim (2008), foi eliminada ainda na primeira fase da competição. Os argentinos empataram com Honduras em 1 x 1, em jogo no Estádio Mané Garrincha, nesta quarta-feira (10).
Os hermanos enfrentaram torcida contrária da maioria dos brasileiros presentes, que optaram por incentivar o time caribenho. O resultado garantiu a classificação dos hondurenhos, que ficaram em segundo lugar no grupo C – uma das surpresas do evento.
Faltou pontaria – As seleções jogaram de igual para igual com táticas bastante ofensivas. A falta de pontaria das equipes, porém, incidiu até nos pênaltis. Honduras e Argentina perderam uma penalidade cada, cobradas por Acosta e Correa, respectivamente.
Mas o terceiro pênalti marcado não foi desperdiçado, e o hondurenho Lozano abriu o placar. Os argentinos chegaram ao empate somente aos 47 minutos do segundo tempo na falta cobrada por Martínez e tiveram de amargar a desclassificação.
A equipe argentina estreou perdendo para Portugal por 2 x 0, no Engenhão. Na sequência, bateu a Argélia, por 2 x 1, também no Rio.
Crise nos bastidores – O técnico Julio Olarticoechea assumiu o time olímpico às vésperas dos Jogos em plena crise política do futebol argentino. Poucos nomes de destaque foram chamados, como é o caso dos atacantes Angel Correa, do Atlético de Madri, e Jonathan Calleri, do São Paulo.
Após perder a final mundial para a Alemanha na Copa de 2014, os argentinos amargaram mais dois vice-campeonatos da Copa América, sendo derrotados pelo Chile em 2015 e em junho deste ano, na edição especial do centenário da competição.
Com o resultados, o técnico Tata Martino, contratado após a Copa do Mundo, pediu demissão. Após a Copa América de 2016, Messi, a maior estrela argentina, chegou a afirmar que não jogaria mais pelo país, mas acabou voltando atrás.
Fora de campo, os problemas para os hermanos continuam. A Associação Argentina de Futebol (AFA) vive em uma grande crise política. Após denúncias de corrupção, o governo de Mauricio Macri decidiu intervir na entidade. O fato pode levar até a suspensão do futebol argentino em competições internacionais, já que a Federação Internacional de Futebol (Fifa) não aceita a interferência de governos nas entidades esportivas nacionais.
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