O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, assinou nesta quinta-feira (16) o decreto que estabelece o bilhete único na capital. A previsão do governo é que o sistema opere num prazo de 180 dias.
A adoção da medida vai permitir que o usuário use até três transportes de maneira integrada dentro de um limite de duas horas. O valor do bilhete será de R$ 5 e estará disponível para ônibus, metrô e bicicletas compartilhadas.
O governo diz que, para que o bilhete único funcione, a venda das passagens será de responsabilidade das quatro cooperativas de ônibus que atendem o DF. As empresas são Cootarde, Coopertran, Cobrataete e Coopatag.
Até 2011, essas empresas também cuidavam do sistema de bilhetagem da cidade, por meio da cooperativa Fácil. Na época, o DFTrans, responsável pela administração do serviço de transporte público, assumiu a responsabilidade das vendas por falta de transparência.
Segundo o secretário de Mobilidade, Fábio Damasceno, a partir de agora, as cooperativas serão obrigadas a repassar em tempo real para o sistema do DFTrans os dados da compra e venda de passagem.
Outras promessas
O governo promete também realizar auditorias internas regularmente. “A Fácil era uma caixa preta. Vamos ter toda uma auditoria e aferição. Todo dado público será do GDF”, afirmou Damasceno.
Além da mudança, o governo também prometeu que vai implementar nos próximos seis meses o monitoramento dos ônibus da cidade via GPS. Com a inovação, o horário de chegada poderá ser consultado por meio de aplicativos de celulares.
Outra promessa é a adoção da biometria facial nas catracas. A medida é uma resposta aos recentes casos de fraude nas gratuidades. O alto índice é um dos motivos do GDF para a elevação as tarifas da cidade ao patamar mais alto do país.
A biometria exigirá que todos os portadores do cartão do bilhete único passem por um recadastramento. \”Vamos fazer esse novo cadastro porque precisamos de imagens em alta definição\”, declarou Damasceno.
As empresas de ônibus serão obrigadas a implementar pontos de venda de passagens por todo o DF. A expectativa do governo é que haja mais de mil postos na capital. No metrô, haverá máquinas automáticas de comercialização de tíquetes.
De acordo com o GDF, todo o custo das mudanças será de responsabilidade das empresas. O governo afirmou que não trabalha com a hipótese de as cooperativas não cumprirem com os prazos definidos em decreto.
Expectativa
O governo aposta que com o bilhete único, haja a \”desburocratização do sistema de transporte no DF\”. O secretário de Mobilidade afirma que espera uma diminuição nos índices de criminalidade nos ônibus.
Segundo o secretário, a população vai preferir usar o cartão em vez de pagar as viagens em dinheiro. \”Em São Paulo, tirar o dinheiro dos ônibus reduziu os roubos em 94%\”, comentou Damasceno. Filas no embarque dos ônibus também vão diminuir com o tíquete, prometeu o GDF.
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